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Náutico sofre, mas vence o Ypiranga por 2 x 1 e sobe na tabela

Timbu teve dificuldade para conquistar a vitória, indo para o terceiro lugar, ultrapassando o Porto, que joga nesta terça-feira, contra o Santa Cruz

postado em 02/02/2011 23:03 / atualizado em 03/02/2011 01:20

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Não foi fácil. Longe disso. O Náutico sofreu para derrotar o Ypiranga, nesta quarta-feira, por 2 x 1, nos Aflitos, na abertura da oitava rodada do Campeonato Pernambucano. A recompensa foi a subida na tabela, pelo menos momentânea, para a terceira colocação, com 17 pontos, passando o Porto, agora quarto, mas que pode retomar a posição nesta quinta-feira, quando enfrenta o Santa Cruz. Vice-lanterna da competição, a Máquina de Costura, como havia prometido, endureceu o jogo, vendendo caro a derrota para o Timbu.

O Náutico não iniciou o jogo com o mesmo ímpeto das últimas partidas, preferindo um ritmo mais cadenciado. O meio-campo continua sendo o setor de destaque do time, trocando bons passes e tenda na figura de William o seu melhor jogador. Dos pés dele saíram as principais jogadas ofensivas do Timbu no início da partida e também o primeiro gol. Aos 15, Aírton cruzou da esquerda, Ricardo Xavier deixou para Bruno Meneghel, que ajeitou para o meia bater colocado.

Após o gol, embora continuasse com mais presença ofensiva, o Náutico pareceu ter se acomodado na partida, imaginando que o adversário fosse esmorecer. Mas não foi o que aconteceu. O Ypiranga apostou na velocidade e assim assustou em alguns contra-ataques. Até que, aos 32, numa linda jogada do lateral-esquerdo Aílton, que driblou dois jogadores e bateu cruzado para o meio da área, Renato desviou para o gol e empatou.

Nem o gol do adversário serviu para acordar o Náutico, que esbarrava nos próprios erros. Depois de um início bom, os dois laterais caíram de produção, deixando a desejar tanto na marcação quanto no apoio ao ataque. Para completar, até o meio-campo caiu de produção, com muitos erros de passe. Aos 43, em lance duvidoso, William chegou a marcar, mas o árbitro Carlos Costa anulou o gol, alegando que Bruno Meneghel, impedido, participou da jogada ao levantar o pé para deixar a bola passar.

O Timbu voltou para o segundo tempo mais aceso e logo aos dois minutos perdeu uma chance incrível com Bruno Meneghel, que tentou encobrir o goleiro, sem sucesso. Os velhos problemas da primeira etapa, no entanto, permaneceram atrapalhando, principalmente o da lateral e em especial o do lado direito.

Vendo isso, o técnico Roberto Fernandes trocou o tímido Flávio por Élton, deslocando Derley para a lateral. A mudança surtiu efeito imediato. Aos 17, dividida, bola sobrou justamente para Derley, que partiu em velocidade, entrou na área e bateu cruzado. Bruno Meneghel chegou fechando, tocando para o gol.

As mudanças consertaram os defeitos do Náutico. Derley deu outra cara à lateral-direita, enquanto Élton ajustou a marcação no meio-campo, além dar a cadência correta ao jogo. E assim o Timbu retomou o controle da partida, diminuindo o ímpeto do Ypiranga, que já não esbanjava a mesma velocidade do primeiro tempo. Apesar de uma efêmera pressão no final, a equipe alvirrubra segurou a difícil vitória até o fim.

Náutico
Gledson; Flávio (Elton), Éverton Luís, Jorge Fellipe e Airton; Everton, Derley, William e Eduardo Ramos (Nilson); Ricardo Xavier (Deyvid Sacconi) e Bruno Meneghel. Técnico: Roberto Fernandes

Ypiranga
Alberto; Novito, Sidney, Éverton e Aílton; Jair, Mácio (Tiago), Dinho Souza e Renato (Diogo Roberto); Felipe Espada (Gil) e Nino Guerreiro. Técnico: Roberto de Jesus

Local: Aflitos. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Erich Bandeira e Marcelo Neves. Gols: William (aos 15 minutos do 1oT), Renato (aos 32 minutos do 1oT), Bruno Meneghel (aos 17 minutos do 2oT). Cartões amarelos: Éverton Luís, Élton (N), Mácio, Aílton e Éverton (Y). Público: 10.033. Renda: R$ 42.370.