Náutico

Série A

Mais uma vez, derrota longe de casa

Timbu sai na frente, mas permite a virada da Ponte Preta no Moisés Lucarelli: 2 a 1.

postado em 10/10/2012 21:28 / atualizado em 10/10/2012 22:11

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Denny Cesare/Futura Press
Tudo parecia caminhar para que o Náutico conseguisse a sua segunda vitória fora de casa nesta Série A. Sem vencer longe dos Aflitos há mais de três meses, o Timbu ganhava da Ponte Preta até pouco menos da metade do segundo tempo. Nesta quarta-feira, em Campinas, o técnico Alexandre Gallo já começou dando indícios que queria voltar para o Recife com três pontos na bagagem. Escalou a sua equipe com três atacantes. Embalado por dois triunfos consecutivos, o Alvirrubro fez um primeiro tempo impecável. Desceu para os vestiários com 1 a 0 no placar. No entanto, duas bobeiras do sistema defensivo permitiram uma virada inesperada da frágil Macaca.

Não demorou para o Náutico mostrar a ofensividade teorizada por Gallo na  formação do time. Já aos quatro minutos, após um chutão da defesa, Douglas Santos arriscou um chute de fora da área. Ele bateu rasteiro e acertou o canto esquerdo do goleiro Edson Bastos, antes de a bola triscar no pé da trave: 1 a 0. Acuada e aparentemente desanimada, a Macaca não conseguia articular as jogadas. Até tentava manter a posse de bola, mas esbarrava na marcação. Possibilitava, portanto, que o Timbu chegasse à sua barra através de espaços contra-ataques.

Com meia hora de partida, os campineiros esboçaram uma reação. O treinador Guto Ferreira acabou acionando o lateral-direito Cicinho para uma função no meio-campo, e a Ponte começou a ter mais efetividade nas jogadas. O Náutico, porém, se segurava, contando com os erros dos paulistas no último toque. Nikão, por exemplo, furou um chute na grande área após cruzamento da esquerda de Rildo. No final do primeiro tempo, esse mesmo jogador chocou-se com Jean Rolt e pediu um pênalti, não assinalado pelo árbitro.

Segundo tempo

A segunda etapa do duelo iniciou morna. Arrefecia na proporção que o cronômetro andava. O Alvirrubro parecia contentar-se com a magra vitória. A Ponte seguia sem poder ofensivo. Apelando para a individualidade, em uma das poucas jogadas conscientes, a Macaca empatou. Aos 28, Rildo fez de cabeça: 1 a 1.


A virada veio logo em seguida. Quatro minutos depois, Souza cometeu pênalti em Luan. Desta vez, o juiz deu, e o experiente Marcinho virou o placar: 2 a 1. A partir daí, ainda com Patric expulso no finalzinho, foi o Náutico que perdeu forças. Aos 40, teve uma chance com Reis. Mas não conseguiu fazer absolutamente mais nada na partida.

Estádio: Moisés Lucarelli (Campinas-SP)
Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra/SC
Assistentes: Ediney Guerreiro Mascarenhas e Luiz Antônio Muniz de Oliveira,
ambos do Rio de Janeiro
Gols: Douglas Santos (Náutico, aos 4 do 1ºT); Rildo (Ponte Preta, aos 29 do 2ºT)
Cartões amarelos: Roger, Rildo e Cicinho (Ponte Preta); Souza e Rhayner (Náutico)
Cartão vermelho: Patric (Náutico)
Público: 6.856
Renda: R$ 43.027 mil

Ponte Preta 2
Edson Bastos; Cicinho, Ferron, Diego Sacoman e João Paulo; Baraka, Wendell
Santana, Lucas (Luan) e Nikão (Marcinho); Rildo e Roger (Giancarlo). Técnico:
Guto Ferreira.

Náutico 1
Felipe; Patric, Alison, Jean Rolt (Josa) e Douglas Santos; Souza, Martinez e
Rhayner; Rogério, Kim (Reis) e Araújo (Rogerinho). Técnico: Alexandre Gallo.