Náutico

Série A

Náutico empata com a Portuguesa nos Aflitos

Força dos Aflitos não foi sucifiente para conduzir o Timbu à uma vitória contra a Portuguesa neste domingo

postado em 21/10/2012 16:58 / atualizado em 21/10/2012 21:15

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D. A. Press

A previsão era de bastante calor na hora do jogo deste domingo. Afinal, a partida do Náutico contra a Lusa começaria às 15h devido ao horário de verão. O céu, no entanto, ficou nublado. Uma fina chuva persistia em cair no Recife. Esperava-se também de um Timbu mais "quente" diante da Portuguesa. Sem a força ofensiva de outrora e falhando na defesa, os alvirrubros amargaram um empate sem gols. Ao menos, completaram a marca de dez confrontos sem perder nos Aflitos, superando as campanhas feitas dentro de casa em 1990 e 2012. A vitória, contudo, era o objetivo principal neste domingo. Três pontos poderiam garantir o clube na Série A de 2013. A permanência foi adiada. A equipe de Conselheiro Rosa e Silva tentará, portanto, ratificar a sua permanência na elite na próxima quinta-feira, quando enfrenta o Santos na Vila Belmiro.

O primeiro tempo do duelo inicou até movimentado, porém já sem chances concretas para ambos os lados. A Lusa dava trabalho aos alvirrubros. Principalmente através do seus dois ariscos laterais, Luis Ricardo e Marcelo Cordeiro, buscava a meta de Felipe. O ataque, no entanto, sentia falta do suspenso Bruno Mineiro, artilheiro do time, com 14 gols.O Timbu também queria se impôr. Afinal, era o mandante. Aos 14, veio a primeira oportunidade real na partida. Araújo partiu com a bola dominada e tocou para Kieza na entrada da área, que dominou e chutou rasteiro. Dida, no centro do gol, fez uma defesa fácil. Quem chegou mais perto de abrir a contagem, exatamente dez minutos
depois desse lance, foram os visitantes. Após jogada na esquerda,Boquita bateu rasteiro e Rhayner salvou em cima da linha. Alívio nas arquibancadas.

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Chances pontuais em um jogo talvez arrefecido pela chuva. Os times seguiam errando no último toque, impedindo que saísse algum gol no jogo. O Náutico apresentava dificuldades no meio-campo. As suas raras jogadas aconteciam por intermédio de lançamentos e bolas rifadas. Sem colocar a redonda no chão, o Alvirrubro assistia a uma Portuguesa mais consciente, que aproveitava-se de contra-ataques, mas esbarrava ainda nas limitações do inerte ataque formado por Ananias e Rodriguinho.

Debaixo de chuva, o Náutico tratou de facilitar as coisas para o adversário. Por pouco, devido a uma falha individual de Alemão, a Lusa não marca. Com 26, o zagueiro errou na saída e deu a bola de presente para Ananias. Na sequência, se viu obrigado a fazer uma falta para impedir que o atacante entrasse cara a cara com Felipe. O defensor acabou recebendo cartão amarelo. Menos ruim que um gol da Fabolusa. Ao descer para os vestiários, os jogadores timbus ouviram um misto de vais e aplausos. No mínimo, um sinal que algo precisava melhorar.

Segundo tempo
A chuva continuou caindo na capital pernambucana durante a etapa final da partida. Criticado já há algum tempo, Araújo foi substituido por Rogerio. Coincidência ou não, o Timbu começou a criar mais. Já aos três, Kieza chutou com perigo, mas para fora. Em seguida, um cabeça de Martinez e um chute de João Paulo assustaram o goleiro Dida. Aos dez, Kieza quase faz de cabeça. Jean Rolt também tentou de fora da área. Tudo indicava que o gol estava "maduro". Mas os lusos mostravam que estavam vivos. Vez ou outra, esboçavam um conta-golpe. Em mais uma falha de Alemão, igual a do primeiro tempo, a Portuguesa quase faz. Para não sair perdendo, os alvirrubros contaram com a incompetência de Moisés, que, sozinho com Felipe, teve a proeza de chutar para fora.

O treinador Geninho viu, porém, que poderia a qualquer momento sofrer um gol do Náutico. Pediu para o volante Ferdinando grudasse em Kieza. O cabeçada de área cumpriu as ordens e começou a dificultar a vida do Timbu, que caiu de rendimento a partir de então. Ferdinando precisou ser substituído, mas Kieza seguia sendo anulado. O tempo passava, e o ritmo da partida caiu. Alexandre Gallo sacou o lateral-esquerdo João Paulo para colocar mais um atacante. Kim entrou, mas foi em vão. Os paulistas tiveram uma chance com Diego Viana, mas ele foi travado por Alemão. Novamente vaiados, os alvirrubros desceram para os vestiários com a certeza de que poderiam ter saído com um resultado melhor.

Estádio: Aflitos (Recife-PE)
Árbitro: Elmo Resende Cunha/GO
Assistentes: Luiz Carlos Silva Texeira/BA e Luiz Souza Santos Renesto/PR
Cartões amarelos: Alemão (Náutico); Léo Silva, Diego Viana e Dida (Portuguessa)
Público: 13199
Renda: R$ 216.675

Náutico
Felipe; Patric, Alemão, Jean Rolt e João Paulo (Kim); Josa, Martinez, Souza e
Rhayner; Araújo (Rogério) e Kieza. Técnico: Alexandre Gallo.

Portuguesa
Dida; Luís Ricardo, Lima, Valdomiro e Marcelo Cordeiro; Ferdinando (Diego
Augusto), Léo Silva, Boquita e Moisés; Ananias e Rodriguinho (Diego Viana).
Técnico: Geninho.