Náutico

Situação complicada

Náutico leva 3 a 0 do Criciúma e continua afundado na lanterna da Série A

Timbu fez um péssimo primeiro tempo, quando o adversário fez o resultado que lhe valeu a vitória. No segundo, Alvirrubro tentou correr atrás, mas não conseguiu

postado em 14/08/2013 21:28 / atualizado em 15/08/2013 00:41

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

FERNANDO RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Náutico não encontrou a reação que tanto desejava. O impulso para sair da zona de rebaixamento. Em nenhum momento fez por onde. E o contrário aconteceu. O Timbu se afunda, cada vez mais, na lanterna da Série A. O Criciúma só precisou do primeiro tempo para fazer 3 a 0 com extrema facilidade. No segundo, só precisou segurar o resultado. Sobrou para Zé Teodoro, demitido logo após o jogo. Pelo resultado, pela inércia da equipe, pelos seus erros.

O Náutico entrou em campo no melhor (ou pior) estilo retranca de Zé Teodoro. Com três volantes para segurar um Criciúma em crise e que não vence há cinco rodadas. Não foi a decisão correta. O Timbu não segurava a bola e com isso não conseguia colocar em prática o principal objetivo quando se joga esperando o adversário: contra-atacar.

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O Criciúma, por mais que não tenha tanta qualidade, soube conduzir o início de partida. E teve a vida facilitada ao marcar um gol na primeira vez que chegou, se aproveitando da bola parada. Logo aos 10 minutos, João Victor cobrou falta da entrada da área com perfeição e abriu o placar. Com o gol, o Tigre ganhou confiança e cresceu na partida. Tocava bem a bola e fazia o jogo correto, utilizando as laterais para descer para o ataque.

FERNANDO RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Não demorou para o Criciúma, com o controle absoluto da partida, ampliar. Com liberdade, Wellington Paulista lançou para a área. Lins fez o trabalho de pivô, segurando a bola e rolando no momento certo para Gilson, que vinha de trás, e bateu bem. A bola ainda desviou na zaga e entrou: 2 a 0 e o Náutico seguia assistindo o adversário jogar.

A inércia era muito grande. O Náutico tinha que mudar. Não havia motivos para continuar com três volantes que não cumpriam o seu papel. Na verdade, a essa altura do jogo, não restava outra alternativa que não sair para o ataque. Aos 38, Zé Teodoro tirou Dadá e pôs Rogério. Não deu nem tempo de a mudança surtir efeito. Um minuto depois, após cobrança de escanteio, Leonardo marcou de cabeça e fez 3 a 0.

A situação do Náutico e de Zé Teodoro era complicada ao fim do primeiro tempo. O Timbu voltou para o segundo tempo em busca de um milagre. E o treinador dependendo dele. Naturalmente, a equipe alvirrubra voltou mais em cima do Criciúma. Rogério, descendo bem pelo lado direito, era a principal válvula do time. Os principais lances saíam dos pés dele. Faltava, agora, acertar a finalização.

O Criciúma jogava com o resultado. Tinha a vantagem no placar e se defendia com eficiência dos ataques alvirrubros. Quando roubava a bola, procurava, com inteligência, os contra-ataques. Em certa hora, abriu mão até disso. E só deu Náutico no jogo, até o fim. Pressão ineficiente. Apenas os lances lúcidos de Rogério não bastavam. Zé Teodoro, do banco de reserva, apenas observava. De camarote assistiu ao fim da sua trajetória no Timbu.

Ficha do jogo

Criciúma
Helton Leite; Suelington, Matheus Ferraz, Leonardo (Ozéia) e Marlon; Serginho (Amaral), Gilson, João Victor (Leandro Brasília) e Ivo; Lins e Wellington Paulista. Técnico: Vadão

Náutico
Ricardo Berna; Auremir, Jean Rolt, William Alves e Eltinho; Rodrigo Souto (Peña), Elicarlos, Dadá (Rogério) e Tiago Real; Maicon Leite e Olivera (Jones Carioca). Técnico: Zé Teodoro

Estádio: Heriberto Hulse. Árbitro: Diego Almeida Real (RS). Assistentes: Bruno Salgado Rizo (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP). Gols: João Victor (aos 10 do 1°T), Gilson (aos 31 do 1°T), Leonardo (39 do 1°T). Cartões amarelos: João Victor (C) e Eltinho (N).Público: 8.714. Renda: não divulgada.