Cofres vazios
Crise financeira do Náutico é maior do que a diretoria eleita esperava
Levantamento iniciado na fase de transição dos mandatos sequer foi concluído, mas dados apresentados já bastaram para causar alvoroço na nova cúpula
postado em 06/01/2014 09:58 / atualizado em 06/01/2014 09:08

O levantamento iniciado ao longo da fase de transição dos mandatos sequer foi concluído, mas os dados apresentados até agora já bastaram para causar alvoroço na nova cúpula timbu. A mudança atingiu em cheio o presidente, que rapidamente abandonou qualquer traço de euforia que o sucesso no pleito pudesse ter armazenado. "Não vou falar em números antes de me reunir com o Conselho Deliberativo. Posso adiantar somente que concluímos que ainda existem pendências com os jogadores que datam de setembro. Além disso, foram solicitados os adiantamentos de alguns recursos", denunciou.
O cenário é tão inesperado, que os dirigentes estudam maneiras para minimizar o impacto da nova realidade no departamento de futebol. Parte da diretoria não consegue enxergar uma solução viável que não resulte numa redução do teto da folha salarial planejada para a temporada. "Havia a expectativa de que enfrentaríamos um grande desafio, mas depois do que vimos, percebemos que este desafio será triplicado", admitiu Vasconcelos.
Renegociação
O presidente, entretanto, fez questão de assegurar que o Náutico honrará seus compromissos. Deixou aberta, porém, a possibilidade de preterir os débitos mais antigos em detrimento dos mais recentes. "Assim que concluirmos todo o levantamento, marcaremos uma reunião com os jornalistas onde apresentaremos estes números. De qualquer forma, quero aproveitar para garantir que honraremos nossos compromissos. Apesar de gigante, este desafio pode ser superado. Vamos olhar para frente e negociar aos poucos os débitos mais antigos."