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No Maracanã, Náutico empata em 1 a 1 com o Flamengo e volta ao Recife com boa vantagem

Fla não conseguiu ser criativo para furar o bem postado sistema defensivo timbu

postado em 27/05/2015 23:47 / atualizado em 28/05/2015 00:11

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

ROBERTO FILHO/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO
Empate não é para ser comemorado, mas o torcedor do Náutico deve rever seu ponto de vista. Principalmente devido ao jogo desta quarta-feira no Maracanã. O Timbu esteve longe de ser o seu melhor desde que Lisca assumiu a equipe, mas ontem jogou o suficiente para empatar e reagir na hora certa. E empate na Copa do Brasil, principalmente com gols e fora de casa, é sinônimo de vida na competição. Assim, o empate em 1 a 1 é a certeza que o time está no caminho certo e que tem totais condições de conseguir a classificação no dia 22 de julho, na Arena Pernambuco.

O jogo começou bem parelho. As duas equipes se estudaram durante os primeiros 10 minutos e após identificarem os possíveis pontos fracos dos adversários decidiram partir para cima. Primeiro foi o Flamengo, que através de Alecsandro testou como estava a movimentação de Júlio César. Um minuto depois foi a vez o Timbu, que em um chute de William Magrão carimbou a trave de Paulo Victor e quase largou na frente.

A partida ganhou volume e só foi esfriado quando Júlio César defendeu outra cabeçada de Alecsandro, mas desta vez o goleiro alvirrubro se deu mal. O dedo mindinho da mão direita de Júlio César saiu do lugar e a partida foi interrompida por alguns minutos. A lesão parecia ser um mau presságio e apesar do Timbu tentar sair para o jogo, o gol que a equipe tanto evitava há mais de 450 minutos sofrer saiu no fim do primeiro tempo.

Após cobrança de escanteio, aos 43 minutos da etapa inicial, os marcadores alvirrubros observaram Cáceres cabecear e acertar a trave de Júlio César e no rebote Wallace empurrou a bola para o fundo do gol sem problemas. 1 a 0 e o Timbu precisava reagir. O time parecia desacostumado a ficar atrás do placar, já que foram cinco partidas consecutivas sem tomar gols, e as tentativas de responder o Flamengo foram desordenadas. O risco de perder a cabeça e a organização quase custou caro aos visitantes, que abriram muito espaço e quase viram a vantagem dos mandantes ser ampliada em dois perigosos contra-ataques.

Apesar de ter ido para o vestiário, o Timbu ainda voltou desnorteado pelo golpe e no primeiro ataque do Flamengo, Flávio salvou o que seria o segundo gol rubro-negro através de um chute de Alecsandro. O Timbu até que segurou o ímpeto dos donos da casa na etapa complementar, mas através de boas jogadas construídas pelo meio campo Canteros, os rubro-negros se aproximaram do gol de Júlio César. E um chute do próprio Canteros, a torcida do Flamengo chegou a gritar gol, mas a bola tocou a rede pelo lado de fora.

Quando parecia que o Flamengo conseguiria a vitória, o Náutico foi cirúrgico. Em uma arrancada de Marino, o volante tocou para Douglas que se livrou de um defensor e empurrou para o fundo do gol de Paulo Victor aos 30 minutos do segundo tempo. O Náutico ainda tentou mais. Buscou a vitória até o fim e Levi foi ousado. Josimar substituiu o ineficaz Rogerinho e nos cinco minutos finais apenas o Timbu atacou. Por pouco não virou. Mas foi de bom tamanho para quem há quase dois meses deixava o Estadual totalmente desacreditado.   


Ficha do Jogo

Flamengo 1
Paulo Victor; Pará, Bressan, Wallace e Armero; Cáceres (Eduardo Silva), Paulinho, Canteros e Almir (Márcio Araújo); Alecsandro e Arthur Maia (Matheus Sávio). Técnico: Jayme de Almeida.

Náutico 1
Júlio César, Guilherme, Flávio, Fabiano Eller e Gaston; João Ananias, William Magrão (Bruno Alves), Marino e Pedro Carmona (Renato); Rogerinho (Josimar) e Douglas. Técnico: Levi Gomes.

Local: Maracanã
Árbitros: Francisco Carlos do Nascimento (AL)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Gols: Wallace (FLA); Douglas (NAU)
Cartões amarelos: William Magrão e Gaston (NAU); Armero e Paulinho (FLA)
Público: 7.002
Renda: R$ 158.710,00