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Náutico joga mal, fica no empate com o CRB e vê o sonho da Série A cada vez mais distante

Timbu foi incapaz de transformar domínio na posse de bola em pressão sobre o adversário

postado em 14/11/2015 18:30 / atualizado em 14/11/2015 19:35

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Quando entrou em campo, para enfrentar um CRB já sem qualquer pretensão na competição, o Náutico sabia que uma combinação de resultados poderia o recolocar no G4 da Série B, deixá-lo em igualdade de pontos com o quarto colocado, ou, na pior das hipóteses, ainda vivo na briga pelo acesso. Era de se esperar, portanto, que o Timbu entrasse em campo imprimindo um ritmo forte, pressionando o adversário, procurando encurralar o oponente em seu sistema defensivo. Certo? Em teoria, sim. Na prática, não foi o que se viu na Arena Pernambuco, neste sábado (14). E o Náutico pagou caro pela combinação de apatia e ineficiência ofensiva. Pagou com o sonho de voltar à Série A, refletido no placar de 1 a 1. Matematicamente ainda tem chances? Na teoria dos números, sim. Na dureza do mundo real, porém, ficou difícil de acreditar.

Um Náutico apático dominava a posse de bola, porém de forma ineficaz. Trocava passes para o lado, controlando o jogo - é verdade -, porém, que enquanto estava 0 a 0. apenas interessava aos seus concorrentes diretos na luta pelo acesso à Série A. Não por acaso, quando trocou passes e imprimiu maior velocidade, o Timbu envolveu o CRB e chegou com perigo pelo menos duas vezes. Era pouco, contudo, para quem precisava da vitória.
O castigo para a morosidade alvirrubra veio aos 24 minutos. A zaga afastou mal e foi ainda pior na proteção de sua área. Peri pegou o rebote e chutou no canto. Júlio César apenas observou a bola entrar em seu gol. Atrás no placar, pedia-se um Náutico mais célere e agressivo com a bola. Ledo engano. As trocas de passes laterais e a falta de verticalidade seguiam imperando.

O Timbu, entretanto, era melhor. E não tinha como não ser. Tecnicamente é superior a um CRB que veio ao Recife em ritmo de férias. Apesar disso, o gol de empate só saiu de bola parada. Sintomático. Com a bola rolando, o Náutico desperdiçou 45 minutos no ataque ao acesso. Mas, dos males o menor e após um escanteio Ronaldo Alves deixou tudo igual no marcador, dando ao alvirrubro pernambucano mais 45 minutos para, finalmente, buscar a vitória tão necessária.

Mais do mesmo
O Timbu bem que esboçou uma postura mais aguerrida no retorno para o segundo tempo. Adiantou a marcação, procurando pressionar o CRB em sua saída de bola. E até criou dois lances de perigo nos 10 minutos iniciais. Ambos, porém, mal aproveitados por Bergson, péssimo na finalização. À medida que o tempo ia passando, contudo, o Náutico não mantinha o ritmo e seu jogo foi caindo de velocidade até voltar ao mesmo cenário da etapa inicial.

Como se não bastasse a própria incapacidade técnica de superar um oponente desfalcado e sem pretensões na competição dentro de campo, fora dele, a situação alvirrubra apenas piorava. Enquanto o empate persistia no placar da Arena Pernambuco, os resultados de Santa Cruz e Vitória iam colocando o Timbu ainda mais longe do G4. Para desespero da torcida que se inquietava nas arquibancadas. Até culminar com a vaia de quem praticamente se despede, melancolicamente, da competição.
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Ficha técnica

Náutico 1
Júlio César; Rafael Pereira (Fillipe Soutto), Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gastón; Jackson Caucaia, William Magrão, Dakson (Renato) e Hiltinho (Douglas); Bergson e Daniel Morais. Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

CRB 1

Juliano; Bocão, Diego Jussani, Audálio e Pery; Josa, Olívio, Glaydson Almeida, Leandro Brasília (Clebinho) e Cañete (Saci); Maxwell (Jonata). Técnico: Mazola Júnior.

Local: Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata-PE). Árbitro: Francisco de Paula dos Santos (RS). Assistentes: Cleriston Clay Barreto (SE) e Rafael da Silva Alves (RS). Gols: Ronaldo Alves (Náutico); Peri (CRB). Cartões amarelos: Rafael Pereira, Jackson Caucaia (Náutico); Josa, Cañete, Olívio, Maxwell, Jonata (CRB). Público: 8.006. Renda: R$ 144.185,00.