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'Quando sete, oito jogadores vão abaixo do normal é difícil vencer', diz Dal Pozzo

Para técnico do Náutico, longo tempo sem jogos não pode ser usado como desculpa

postado em 08/04/2016 16:00 / atualizado em 08/04/2016 16:01

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Karina Morais/Esp.DP
O Náutico caiu de forma precoce na Copa do Brasil. Falhou em seu primeiro jogo decisivo na temporada. Pior: dentro de casa, no dia dos 115 anos de fundação do clube. Com a eliminação, a equipe deixou de cumprir uma das metas traçadas para 2016. A queda veio sem uma derrota. Foram dois empates com o Vitória da Conquista. A atuação na noite da última quinta-feira, entretanto, deixou muito a desejar. E o próprio treinador alvirrubro reconhece isso. Para Gilmar Dal Pozzo, contudo, os 15 dias sem jogos não pode ser usado de desculpa. Pelo contrário. O time teve tempo de sobra para treinar. E quando cerca de 70% do time vai mal, fica realmente complicado vencer.

A equipe alvirrubra começou o ano muito bem. E até de forma surpreendente. Embora tivesse mantido a base defensiva da reta final da Série B passada, o Timbu mudou praticamente todo seu setor ofensivo. Mas o Náutico arrancou bem no Campeonato Pernambucano e conquistou a classificação para a semifinal com três rodadas de antecedência. Seus dois últimos jogos, contudo, foram os piores do ano. E justamente depois de duas semanas que o time não teve jogos e ficou apenas treinando. Seria esse o motivo para a queda de rendimento? Segundo Dal Pozzo, não. “Não vou me queixar nunca de tempo de trabalho. É assumir a culpa. Agora é a hora de chamar a responsabilidade”, afirmou.

Além de reconhecer seu erro na abordagem tática do jogo - o treinador alvirrubro admitiu que a opção por atuar com três atacantes ao invés de manter o habitual 4-2-3-1 não foi uma escolha bem sucedida -, Dal Pozzo também fez uma análise crítica à atuação coletiva de seu time - “muito abaixo técnica, tática e mentalmente”. Na visão do treinador, a equipe “vinha treinando bem”, mas o time foi muito mal no jogo. “Quando sete, oito jogadores vão abaixo do normal é muito difícil vencer a partida”, disparou. “Só dois jogadores bem não conseguem carregar os outros.”

Do time titular, com exceção de Rodrigo Souza - que foi bem - e Henrique, que não comprometeu, o restante da equipe esteve irreconhecível. As linhas descompactadas, a transição defensiva lenta e a ineficiência na transição ofensiva foram alguns dos defeitos apresentados. “Nossa equipe geralmente é muito organizada e hoje se desorganizou, principalmente depois de levar o gol”, admitiu o treinador.

Agora, é levantar a cabeça para, no domingo, reagir de imediato e não voltar a falhar na segunda decisão do ano. “A gente teve a primeira decisão do ano e a equipe ficou abaixo. Nó temos que entender que se não produzir, não vai passar de fase e nem alcançar as metas que traçamos para o ano.”