Náutico

SÉRIE B

Náutico falha na defesa, perde para CRB por 1 a 0 e tem a nona derrota em 11 jogos

Equipe segue sem vencer na Série B e afundada na lanterna da competição

postado em 30/06/2017 23:25 / atualizado em 01/07/2017 00:02

Nando Chiappetta/DP
A semana foi a mais positiva possível para o Náutico com pacificação política do clube, pagamento de salários aos atletas e promoção de ingressos, o que levou o maior público do clube alvirrubro à Arena de Pernambuco nesta Série B. Mas nem assim, o roteiro dentro de campo mudou.
 
Mostrando uma disposição compatível a já conhecida desorganização e a limitação técnica, o Timbu cavou ainda mais o buraco rumo à Série C do Campeonato Brasileiro, ao cair para o CRB por 1 a 0. A sua nona derrota em 11 jogos, na pior campanha da história da Série B, com apenas dois pontos. Terça-feira, o Náutico volta a campo contra o ABC, em Natal. E o primeiro desafio será arrumar ânimo para seguir em frente. 

Primeiro tempo

Com o maior apoio da torcida nesta Série B, o Náutico entrou em campo com uma postura ofensiva, tendo no retorno do prata da casa Erick, recuperado de uma lesão no ombro, o seu maior trunfo. Porém, encontrou do outro lado um adversário melhor entrosado em campo e que, com isso, teve mais a posse de bola. Sendo assim, na disputa entre a disposição dos timbus e a melhor organização alagoana, o que sei viu foi um primeiro tempo movimentado e bom na Arena, apesar do placar em branco.
 
A forma como as melhores chances de gol de cada time aconteceram refletiu bem o desenho das duas equipes em campo. Pelo lado pernambucano, a oportunidade mais clara veio logo aos sete minutos, após o zagueiro Breno Calixto se arriscar em um subida pelo lado direito e cruzar para Vinícius cabecear na pequena área, parando em uma ótima defesa do goleiro Edson Kolln, ex-Santa Cruz.
 
A resposta do CRB veio após uma falha de cobertura do Náutico no rebote da entrada da área, típica de um time ainda em busca de um melhor posicionamento, com o atacante Zé Carlos mandando de primeira e a bola passando perto da trave direita de Tiago Cardoso. Por sinal, o lado esquerda da defesa alvirrubra, com o lateral Manoel e o zagueiro Aislan, parecia ser o mapa da mina dos alagoanos, quase sempre explorando um lançamento pelas costas dos timbus.
 
Já na parte ofensiva, o Náutico sentiu a falta de inspiração do meia Giovanni e também de Erick, que bem marcados, pouco produziram na primeira etapa. A exceção de um chute de fora da área, do camisa 10, já aos 41 minutos, e de um lançamento para Manoel chutar cruzado, e para fora, dado pela joia alvirrubra.

Segundo tempo

Para a etapa final, tanto Beto Campos, quanto Dado Cavalcanti mantiveram as mesmas formações. E logo com dois minutos, o Náutico conseguiu balançar as redes com Erick, mas o atacante estava à frente da defesa. Impedimento bem marcado pela arbitragem. O gol anulado, no entanto, foi o indício de que o time voltaria melhor,pressionando o CRB nos primeiros 15 minutos.
 
Após suportar a blitz inicial do Náutico, o time alagoano voltou a equilibrar a partida. Aos 19 minutos, Dado Cavalcanti colocou em campo o atacante Neto Baiano, antigo desafeto da torcida do timbu. A resposta de Beto Campos veio com Iago substituindo Vinícius, com o apagado Gilmar passando a atuar como centroavante. A mudança prejudicou a equipe, que perdeu sua referência na área.
 
O castigo veio aos 23 minutos. Após uma trombada entre os jogadores dos dois times, Zé Carlos partiu livre, cara a cara com Tiago Cardoso, e só teve o trabalho de encobrir o goleiro com um toque de categoria por cima, abrindo o marcador na Arena.
 
O gol acirrou os ânimos dos times em campo. Mas bater boca no gramado não iria resolver a situação do Náutico. Atordoado, o time mais uma vez não teve forças para reagir. E cada vez mais, de forma definitiva no campeonato.

Ficha do jogo

Náutico 0

Tiago Cardoso; David, Aislan, Breno Calixto e Manoel; Amaral, Darlan e Giovanni (Esquerdinha); Erick, Vinícius (Iago) e Gilmar (Gerônimo). Técnico: Beto Campos.

CRB 1

Edson Kolln; Édson Ratinho, Flávio Boaventura, Adalberto e Diego; Adriano, Yuri, Danilo Pires e Chico; Erick Salles (Neto Baiano) e Zé Carlos (Élvis). Técnico: Dado Cavalcanti.
 
Local: Arena de Pernambuco. Árbitro: Dervaly Lira do Rosário (ES). Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse (ambos de SP-Fifa). Cartões amarelo: Édson Ratinho, Neto Baiano (C ), Manoel (N). Gols: Zé Carlos (23 min do 2º).  Público: 4.289. Renda: R$ 32.035