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Salvador no Náutico, Jefferson revela inspiração e diz que era chamado de Magrão

Goleiro era apelidado com o nome do rival por defender penalidades na base

postado em 02/10/2017 14:27 / atualizado em 02/10/2017 14:43

Léo Lemos/Náutico
Apesar da briga do Náutico contra o rebaixamento, o goleiro Jefferson vive um grande momento no time alvirrubro. Vindo do Porto para a base em 2011 e integrado ao elenco principal em 2013, o atleta de 24 anos superou a desconfiança e vive o seu melhor momento na carreira. Nas duas últimas atuações em Caruaru, contra Internacional e Boa Esporte, teve duas grandes apresentações, que o ajudaram a se consolidar como dono da camisa um. Na deste sábado, inclusive, defendeu o seu primeiro pênalti como profissional.

A evolução de Jefferson vai além dos gramados. A segurança que o atleta transmite também é percebida em suas palavras. “Se existe desconfiança é na cabeça de algum torcedor ou de outra pessoa. Na minha, sempre fui confiante em conquistar meu espaço no Náutico. Trabalho muito tranquilo em relação a isso, em poder construir minha carreira e conseguir algo maior lá na frente. Acredito que espantei sim a desconfiança que existia sobre o meu trabalho e espero dar sequência para ajudar o Náutico a sair dessa situação.”

Jefferson ainda comemora o primeiro pênalti como profissional e o apoio da torcida ao ser chamado de 'paredão’ após o lance. “Meu primeiro pênalti e eu fico feliz em defendê-lo. Não esperava o apoio que a torcida vem nos dando. Não depende apenas de mim, mas dos onze e de quem está no banco. Somente juntos poderemos sair dessa. Tudo o que o jogador quer é estádio cheio. A torcida ajuda bastante.”

Inspiração em Magrão

Defender penalidades, em Pernambuco, é sinônimo de Magrão, goleiro do Sport. O mesmo apelido já foi emprestado ao goleiro alvirrubro pelas suas façanhas como atleta no sub-20. “Foi um apelido que ganhei lá no Porto,por defender pênaltis. Defendi dois em um mesmo jogo contra o Santa Cruz pelo sub-20, no Arruda. Aqui na base (do Náutico), também defendi um pênalti, em uma semifinal contra o Santa e o pessoal também me chamou assim.”

Apesar de atuarem por equipes rivais, Jefferson reconhece o valor do veterano goleiro e a inspiração o colega de profissão representa. “Tenho muita coisa ainda para trilhar, para chegar onde o Magrão chegou, onde ele está hoje. Mas não posso deixar de dizer que é uma inspiração. Não só para mim, mas para todos jovens que sonham em ser goleiros.”

Entretanto, o atleta timbu prefere construir uma imagem própria, alheia ao apelido. “Cada um tem que criar a sua própria identidade. Ele criou a dele e eu espero criar a minha também. Por enquanto, só ‘Jefferson’ está de bom tamanho.”