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Aprovando quinta substituição, Daniel Paulista acredita em Sport mais ofensivo com nova regra

Treinador rubro-negro usou as três trocas em todos os seis jogos que fez até agora e vê aumento como chance de permitir variações táticas

postado em 16/07/2020 07:40 / atualizado em 16/07/2020 09:49

(Foto: Anderson Stevens/Sport )
Após 125 dias sem partidas, o elenco do Sport volta a campo no domingo. Além de novo protocolos e estádios vazios, outra mudança deve ser facilmente sentida no Clássico das Multidões, contra o Santa Cruz: o aumento no número de substituições. Tradicionalmente regularizado para três, o número de trocas no jogo subiu para cinco, como maneira de reduzir o impacto da parada nos clubes. Para o treinador do Sport, Daniel Paulista, isso é uma chance de produzir um time mais ofensivo e com mais variações táticas.

No último dia 8 de maio, a International Board (Ifab), órgão responsável pelas regras do futebol, oficializou o aumento de três para cinco substituições por jogo. De acordo com a FIFA, o crescimento visou preservar o lado físico dos atletas, afetado pela paralisação, causada pela pandemia da Covid-19. Isso, porém, não significa mais pausas em campo, uma vez que se manteve apenas três janelas de alterações. Ou seja, mesmo podendo mudar cinco atletas, as trocas só podem ser feitas em até três momentos distintos. 

“É uma nova realidade que iremos viver dentro do futebol a partir de agora, que é a questão das cinco substituições. Vi como positivo e não vejo a questão das trocas pelo motivo físico. Claro que será levado em consideração, principalmente neste reinício, já que os atletas não estarão na melhor forma física porque precisam dessa sequência de jogos e vão sentir mais no segundo tempo, o peso, a carga física de uma partida”, afirmou o treinador do Sport, Daniel Paulista, aprovando e planejando o uso da nova regra.

Nas seis partidas que já completou à frente do Sport desde seu retorno, Daniel Paulista sempre utilizou todas as substituições do jogo. Em 18 mudanças, 11 jogadores foram acionados, mostrando como as trocas já vinham sendo usadas para rodar o elenco, algo que pode ser mais útil neste momento, quando os atletas retornam sem ritmo de jogo.

O indicativo do planejamento de Daniel para um uso mais voltado ao lado tático que ao físico do novo número de substituições, porém, é reforçado pelo treinador. Em sua visão, isso permitirá novos cenários de jogo para o Sport, já em uma visão de mais longo prazo.

“Eu vejo que as cinco substituições também têm um papel importante na questão tática, da gente tentar uma variação, de tornar a equipe talvez mais ofensiva, de mexer com o padrão tático. Isso pode ser determinante no processo de uma temporada longa já que na sequência de jogos não vai ser a parte física que vai determinar as substituições e mais a parte tática que vai se querer fazer alterações dentro da partida”, completou Daniel.

Mesmo vendo um benefício para alterações de padrão tático, o padrão de Daniel Paulista neste reinício no Sport mostra um grande número de trocas de jogadores com características similares. Em apenas cinco das 18 alterações promovidas, as alterações envolveram atletas de setores diferentes do campo - sendo duas após já abrir quatro gols sobre o Afogados. Quanto ao pensamento ofensivo, citado pelo treinador, 13 das trocas foram para a entrada de um jogador de armação ou ataque. Com o novo limite, fica a expectativa para saber como Daniel Paulista aplicará seu novo padrão de substituições.