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"Acima de jogar bonito a gente tem que permanecer na Série A", diz executivo do Sport

Executivo de futebol Lucas Drubscky avaliou o futebol jogado pelo Sport e o estilo de jogo reativo proposto pelo técnico Jair Ventura e sua comissão

postado em 18/11/2020 18:28

(Foto: Anderson Stevens/Sport)
A chegada do técnico Jair Ventura mudou a forma de jogar do Sport. Geralmente com menos posse de bola que o adversário e foco na marcação, o time passou a ser mais competitivo e terminou o primeiro turno da Série A superando as expectativas. Apesar da melhora, o estilo de jogo, por vezes mais reativo, tem incomodado parte da torcida, que pede mais coragem em algumas partidas. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o executivo de futebol Lucas Drubscky lembrou das dificuldades que o clube tem passado nos últimos anos para defender o futebol jogado pela equipe.

“É sempre bom lembrar da dificuldade que estamos passando nos últimos dois anos. Acima de jogar bonito a gente tem que permanecer na Série A para ter uma tranquilidade na próxima temporada. Isso é vital, então da maneira que a gente conseguir está ótimo. Daqui a uns anos ninguém vai lembrar o futebol que o Sport jogou em 2020, vai lembrar se a gente permaneceu ou não e isso vai ser um passo chave na reconstrução que estamos fazendo no Sport”, destacou Lucas Drubscky.

Com limitações claras no elenco, o executivo de futebol do Sport explicou que a contratação de Jair Ventura foi planejada justamente para implementar um futebol menos propositivo. Foi dessa maneira, inclusive, que o treinador se destacou no Botafogo entre as temporadas de 2016 e 2017, conseguindo uma classificação para a Libertadores. De acordo com Lucas Drubscky, a diretoria rubro-negra entendeu que esse estilo de jogo era o ideal para o time ser mais competitivo na luta contra o rebaixamento. 

“Tudo que a gente fez foi pensado. A própria contratação do Jair (Ventura) foi pensada para a gente jogar um futebol que julgamos ideal para o Sport. É sempre bom poder alinhar a performance de um jogo bem jogado com o resultado, mas nem sempre isso é possível. A gente sabe que o que sustenta e valida qualquer tipo de trabalho a curto e médio prazo é o resultado e isso a comissão liderada por Jair tem conseguido fazer”, avaliou o executivo de futebol.

Mesmo com a marcação sendo a principal preocupação do Sport na maioria dos jogos, o dirigente rubro-negro destacou a capacidade de Jair Ventura em modificar as estratégias de acordo com o adversário. Foi assim quando o treinador utilizou um esquema com três zagueiros e conseguiu empatar fora de casa contra o Atlético-MG e Ceará. Sob o comando do time rubro-negro, o técnico tem 43,75% de aproveitamento. Em 16 jogos, conquistou seis vitórias, três empates e foi derrotado sete vezes.

“É claro que alguns jogos temos que adaptar a forma de jogar de acordo com a estratégia que pode nos dar o melhor resultado. Até nisso a gente tem que dar os méritos para Jair, porque ele tem conseguido mudar a estratégia de acordo com o momento, adversário e situação de jogo. Eu acho um pouco injusto (as críticas) porque muitos jogos a gente tem jogado de uma maneira dominante e em outros não, mas isso não é por incapacidade e sim escolha de estratégia”, explicou.