Presidente da FPF não vê problema em choque de jogos da Copa do NE com Pernambucano

Depois do anúncio de que a sede dos últimos jogos da Copa do Nordeste aconteceriam em Salvador, a CBF, junto com a Liga do Nordeste e os dirigentes dos clubes decidiram na última terça-feira uma data de retorno da competição regional, marcada para o dia 21 deste mês. Considerando que o Campeonato Pernambucano volte em breve e dispute datas com o Nordestão, este cenário já era algo a se esperar, segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho. E longe de ser um problema. 

“Não diria que atrapalha os clubes, desde o início devido à ausência de datas no ritmo normal, já sabiam e sabem de que em determinadas circunstancias ocorre jogos em 48h, em 24h, até no mesmo dia como ocorreu com o Bahia (no dia 7 de março desse ano que entrou em campo pelo estadual e regional) que jogou duas vezes no mesmo domingo”, pontuou o dirigente.

Com datas marcadas para a Copa do Nordeste ser finalizada até 4 de agosto, o Regional, de acordo com Evandro, está sendo pensado de maneira que não prejudique os clubes. O presidente da entidade pernambucana também falou sobre todas as equipes e cartolas estarem “conscientes” sobre o excesso de jogos quando o Pernambucano também for retomado. 

“É um fato que nós convivemos com ele. Não há alternativa. Não há o que fazer e nós buscamos tirar proveito, formatar a situação que seja menos prejudicial aos clubes, mas eles têm plena consciência, trabalham junto conosco, todos os clubes, com todas as federações, sabem que nós temos um limite físico, as vezes dá certo, as vezes não dá, mas é vida normal”, explanou. 

A Copa do Nordeste e o Campeonato Pernambucano foram suspensos no dia 16 de março por conta da pandemia do novo coronavírus, quando restava ainda uma rodada para o término da primeira fase nas duas competições. Mas ao contrário da competição regional, o estadual ainda não tem data para retorno. Ainda conforme o presidente da federação, é “impossível” ter as duas competições sendo disputadas normalmente por causa da inadequação da situação imposta pela pandemia. 

“Todo o trabalho que a CBF e que as federações têm é buscar conciliar com o menor prejuízo possível as duas competições. Todos nós sabemos, os clubes sabem, a federação e a CBF sabem que é impossível fazer as duas com qualidade do jeito como é, uma dentro da outra, no mesmo tempo. Todos sabem disso, mas se tem que ser feito, paciência, a gente faz. Em um cenário que não é o bom nem o adequado, mas é uma obrigação legal. Então todos se esforçam, os clubes se esforçam, se tiver que jogar duas vezes no dia, joga”, finalizou Evandro.