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Líderes da oposição do Náutico são contra possível impeachment do presidente Glauber Vasconcelos

Superesportes ouviu ex-presidentes e diretores e todos defendem que permanência

postado em 23/12/2014 08:22 / atualizado em 23/12/2014 10:30

João de Andrade Neto /Superesportes

Julio Jacobina/DP/D.A Press
Desgastado com a torcida e com parte do Conselho Deliberativo, sem resultados expressivos dentro de campo e com o clube enfrentando uma grave crise financeira, o presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, encerra seu primeiro ano de mandato sob forte rejeição. Ao ponto de, na última sexta-feira, um conselheiro abrir a possibilidade de um pedido de impeachment. A gota d'água seria a possibilidade de o mandatário executivo convocar uma assembléia geral dos sócios para rever o veto ao aditivo no contrato com a Arena Pernambuco, que permitiria colocar a receita proveniente do acordo como garantia para um empréstimo bancário. Porém, essa atitude extrema dificilmente ganhará força. Isso porque várias lideranças ouvidas pelo Superesportes são contra a saída forçada de Glauber do poder.

A reportagem ouviu o ex-presidentes Paulo Wanderley, Berillo Júnior, Maurício Cardoso, Ricardo Valois e André Campos, o ex-vice-presidente Toninho Monteiro e o ex-diretor de futebol Marcílio Sales, candidato derrotado nas duas últimas eleições do clube. Uma tendo Glauber como aliado, outra como adversário. Todos hoje na condição de oposição. E a opinião unânime foi a de que o atual presidente do clube deve cumprir todo o seu mandato, que vai até o dia 31 de dezembro de 2015.

“Sou radicalmente contra o impeachment. Ele foi eleito pelos sócios e precisa cumprir o seu mandato. Agora, se ele se sentir desconfortável em conduzir o clube, que peça a renúncia. Mas eu estarei na próxima reuniçao do Conselho e ser for solicitado, votarei contra o impeachment”, destacou Paulo Wanderley. “Se toda vez que se discordar de uma gestão foi se afastar o presidente iremos ter crises constantes para administrar.  Impeachment é golpe”, opinou André Campos. “Tenho várias críticas a gestão dele (Glauber), mas nada justifica esse pedido. Ele tem que cumprir o mandato. Agora, com menos incompetência”, completou Maurício Cardoso.

No estatuto
Vale lembrar que pelo estatuto do clube, um pedido de impeachment do presidente executivo pode ser pedido pelo Conselho Deliberativo após o primeiro ano de gestão, como forma de avaliação da diretoria. A solicitação, no entanto, só pode ser feita na reunião marcada para janeiro. Após vários anos sem reuniões no primeiro mês do ano, os conselheiros alvirrubros já tem novo encontro marcado para o próximo dia 8.