Eller retorna em momento delicado e diz: "Me considero um jogador importante no grupo"

Assim que a partida entre Bahia e Náutico terminou na Fonte Nova, Fabiano Eller sabia que algo estava errado. Afirmou que havia sentido a coxa e que seria difícil enfrentar o Bragantino. O defensor não é formado em medicina, mas perto dos 38 anos sabia que sua experiência no futebol lhe ensinou. Ficou mesmo de fora da vitória contra o Bragantino e também da goleada sofrida contra o Luverdense. Algo que quebrou um planejamento pessoal.

“Meu projeto era conseguir jogar todas as partidas. Nos últimos times que eu passei eu consegui chegar no final jogando todas. Infelizmente tive essa lesão. Não foi grave porque fiquei fora apenas dois jogos. Algumas pessoas comentaram que o ideal era apenas para a outra partida (contra o Criciúma), mas acho que isso vai de pessoa para pessoa. Tenho até que exaltar o pessoal da fisioterapia porque me ajudaram muito. Às vezes o jogador que está lesionado trabalha muito mais do que quem está jogando. Eu estava aqui em horário integral. Se eu trabalhava muito mais, o pessoal da fisioterapia também trabalhava muito mais”. lembrou aos risos. 

Apesar de estar a três meses de completar 38 anos, Eller não se lembrava da última vez que tinha sofrido lesão. Algo incomum para quem está em idade tão avançada no futebol, mas comum para quem está acostumado a não perder uma sessão de treinos. 

“Nem me lembro quando foi minha última lesão. Tem uns quatro anos que não tenho lesão nenhuma. Eu jogava praticamente todas as partidas. No Red Bull eu joguei as 19 partidas na Série A2. Eu gosto de contar porque é uma sequência de jogos muito boa. Fiquei até triste por quebrar essa sequência”, lembrou.

O retorno de Fabiano Eller cria a esperança de que a zaga ganhe em experiência e em tranquilidade. Algo que o time está precisando neste momento turbulento e em que busca equilíbrio na competição. O defensor fez questão de lembrar que não é o salvador da pátria, mas que se considera importante para o grupo.

“Não existe salvador da pátria. Se eu estivesse nesse jogo passado eu não seria o jogador que iria salvar a situação. Me considero um jogador importante no grupo. Sou experiente, sou respeitado pelos adversários e dentro do grupo. Hoje eu acho que sou um jogador importante para ajudar o time a buscar essa vitória”, pontuou.

As palavras de Fabiano Eller são confirmadas por todos os atletas que passam pela sala de entrevistas do Náutico. Basta perguntar algo sobre o zagueiro que a feição dos jogadores muda. Não foi diferente com Marino, que apesar de experiente afirmou a importância de um dos líderes da equipe. “O Fabiano Eller é exemplo para todos nós. Ele ama jogar futebol. Ele está nos ajudando muito e vai nos ajudar ainda mais. Ele foi campeão em quase tudo. É preciso ter ele no elenco. Ele quer dar o seu melhor.”