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Herói no Náutico, Willian Gaúcho revela que chegou a voltar para a base às vésperas do jogo

Volante prata da casa marcou dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o América, o último em cobrança de falta aos 48 minutos do segundo tempo

postado em 19/01/2018 23:05 / atualizado em 20/01/2018 00:16

Ricardo Fernandes/DP
Natural de Santana do Livramento, o volante Willian Gaúcho, de apenas 19 anos, teve uma estreia de gala como jogador profissional. Daquelas para não se esquecer. Autor de dois gols, o último aos 48 minutos em cobrança de falta, o prata da casa acabou sendo o responsável direto pela vitória do Náutico por 3 a 2 sobre o América, nesta sexta-feira, na Arena de Pernambuco. A primeira do time na temporada. Porém, por pouco a noite de sonhos não aconteceria. Após a partida, o jogador revelou que chegou a voltar para os juniores antes de ser convocado de última hora pelo técnico Roberto Fernandes para a partida.

"Eu trabalhei muito para chegar aos profissionais. É muito difícil subir e mais difícil ainda é se manter. Ontem não sabia nem que iria jogar e acabei entrando e fazendo dois gols. Não havia sido convocado nos três primeiros jogos e na quarta-feira conversaram comigo, juntamente com outros garotos, e informaram que nós iriamos baixar para a base de volta. No outro dia estava arrumando minhas coisas para voltar para o alojamento da base e o Roberto me chamou e conversou comigo, e meu deu oportunidade no treino. E olha o que aconteceu", recordou o jogador, que reconheceu que ficou nervoso no início da partida.

"No começo do jogo estava bem ansioso. Quando coloquei o pé direito em campo a minha perna tremeu, confesso. Porque era a minha estreia no profissional, tenho só 19 anos e sou recém subido da base. Até ontem brincavam comigo perguntando se eu iria pipocar. A ficha não caiu ainda. Agora é seguir com o trabalho".

Apesar da empolgação natural, William Gaúcho também fez questão de manter os pés no chão. E sabe que a sua caminhada entre os profissionais está apenas no começo. Por isso, evitou falar em brigar pela titularidade do time. "Tenho muito o que conquistar pela frente ainda. A caminhada é longa e difícil. A cobrança no profissional é muito forte. Estou muito feliz, mas tenhi muito o que escutar ainda", reconheceu.

Sobre os seus gols, ambos em chutes de fora da área, o garoto garantiu que não foram por acaso. E sim fruto de treinamento. "Desde pequeno sempre tive a batida e sempre me falaram para bater falta. Tive a oportunidade de fazer aquele gol. Agradeço também ao Kuki (ídolo do clube e atual assistente-técnico), que sempre me cobra para cobrar faltas e chutar de fora da área", revelou.