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Após acordo, Lúcio Surubim ironiza jogadores: "Estão fazendo 'beicinho'"

Gerente de futebol rebate acusações de atletas sobre falta de estrutura

postado em 29/11/2013 17:35 / atualizado em 29/11/2013 20:03

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press
Na mesma entrevista em que anunciou o fim (pelo menos momentâneo) do impasse entre atletas e o Clube Náutico Capibaribe, o gerente de futebol alvirrubro, Lúcio Surubim fez duras críticas aos jogadores e o modo como todo o processo foi conduzido e exposto na mídia. Além disso, o dirigente ironizou as queixas do atletas que reclamaram de falta de café da manhã antes dos treinos e de ataduras.

“Por que cortou café da manhã estão fazendo 'beicinho'? Agora eles vêm reclamar de 'cafezinho da manhã'? De atadura importada para treinar em um gramado como este (do CT)? É muita coisa, não acha, não? Ainda mais quando os resultados não estão vindo”, disparou Surubim.

“Um terço não toma suplemento porque diz que não precisa, aí demora a se recuperar quando se lesiona. O preparador físico tem que ir implorando de um em um para tomar no copinho. Não existe isso. A gente fazia jantar para os jogadores, a comida ficava estragada. Dos 28, apenas cinco ou seis comiam aqui. Não concordo com isso. A gente gastava R$ 10 mil de jantar e a comida ficava estragada”, acrescentou o dirigente.

Visivelmente chateado com alguns dos argumentos utilizados pelo atletas no dia anterior, Surubim continuou rebatendo duramente os atletas. "É muita coisa errada. O que esses caras têm de 'beicinho' para determinadas situações... Esses caras ficam concentrados nos melhores hotéis, melhores restaurantes de São Paulo. Aí corta um cafezinho da manhã por que o presidente está com raiva, aí abre o 'beicinho'? Tem que começar a cortar esses salários astronômicos. Eles têm que reclamar de salário, isso sim", afirmou.

Lúcio Surubim ainda pontuou sobre a decepção dele com os atletas. Segundo o gerente, havia um diálogo aberto entre ele e os jogadores, o que não ocorreu dessa vez. “Sentimento de tristeza com os jogadores pelo fato de, desde o primeiro dia em que cheguei, eu estava pronto para ajudá-los no que seria preciso. Nesse caso aí, em momento tive conhecimento, só ontem. Pediram para se reunir e tome chegar ligações para mim de todo o Brasil questionando sobre greve. Tomaram esse tipo de atitude de forma errada, era para terem falado comigo antes. Do sentimento de revolta e aí depois que eu falasse com o presidente eles fariam o que quisessem. Estou falando aqui o que falei para eles lá dentro”, disse.