Náutico

NÁUTICO

Presidente do conselho deliberativo do Náutico pede licença e diz: "Clima é de guerra"

Berillo Junior já havia sido afastado por próprios conselheiros no início do ano

postado em 13/08/2014 12:26 / atualizado em 13/08/2014 12:30

Roberto Ramos/DP/D.A Press

Em meio à atual crise financeira e política no Náutico, o presidente do Conselho Deliberativo do alvirrubro Berillo Júnior entregou nesta semana uma carta solicitando o afastamento do cargo por mais seis meses. De acordo com o presidente do conselho, o clima no Timbu é de guerra e, por isso, ele não tem condições para trabalhar no clube. “Pedi a licença por dois motivos: porque o clima no Náutico está muito ruim, está um clima de guerra, e também porque desde de que meu pai faleceu, estou sobrecarregado de trabalho, já que ele era meu sócio”, afirmou Berillo.

De acordo com o presidente do conselho alvirrubro, assim como ele, outras pessoas ligadas à entidade tomaram a mesma decisão de se afastar, como o ex-presidente do conselho Gustavo Krause, Francisco Dacal, Paulo Azevedo, entre outros nomes. “Eles também se afastaram porque o clima realmente não está bom no clube. Nós somos parte de outro grupo. Não fazemos parte do grupo que está no comando”, disse.

Perguntado se só retornaria à presidência do conselho quando a atual gestão não estivesse mais no comando, Berillo Júnior respondeu que vai esperar para ver se o clima no clube mudará. “Eu vou ver se o ambiente do clube melhora. Eu penso em tirar esses seis meses e analisar se retorno ou não. Com o clima que está instaurado, não me sinto motivado para voltar”, afirmou.

No início de 2014, os conselheiros do Náutico votaram pelo afastamento de Berillo Júnior. Em uma votação que comprova a divisão no clube, 24 conselheiros votaram pelo afastamento do presidente, contra 20 que não eram a favor da medida. Um dos motivos pelo qual Berillo foi afastado foi por não ter destinado o valor de R$ 262 mil para melhorias no Centro de Treinamento do Náutico. O presidente optou por destinar a verba para outros setores do clube.

“Quando sofri o afastamento, eu poderia acionar a justiça e não o fiz. Pensei no Náutico primeiro. Fui suspenso pelo conselho, numa articulação política daquele momento e teria como anular a decisão na justiça. Já pensei muito no Náutico, agora chegou a hora de pensar em mim”, afirmou Berillo sobre o caso.

 

Presidente do executivo

O Superesportes procurou o presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, para obter mais informações sobre o pedido de licença do presidente do conselho deliberativo alvirrubro, mas, assim como vem fazendo desde a saída do técnico Sidney Moraes do clube, o presidente não atendeu a reportagem. Entretanto, na manhã desta quarta-feira, por meio de uma rede social, Glauber Vasconcelos se manifestou de forma indireta e disse: "O Náutico esta acima de todos. O Clube unido é mais forte. Estamos a disposição e iremos, de peito aberto, ao encontro de quem quiser ajuda."