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O interminável Fabiano Eller, seu prazer pelo futebol e suas histórias curiosas

Assista, também, ao vídeo em que o zagueiro alvirrubro recorda sua trajetória

postado em 20/02/2016 11:00 / atualizado em 20/02/2016 12:15

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Peu Ricardo/ DP
Fabiano Eller não tem do que reclamar. Faz o que mais gosta e ainda ganha bem para isso. Graças ao futebol, conheceu países e culturas. Enfrentou alguns dos melhores atletas da contemporaneidade, marcando nomes como Ronaldinho, Ronaldo, Messi e Romário. Levantou um Mundial de Clubes e três Libertadores. Trajetória que o permitiu colecionar histórias e experiências únicas. Não à toa, o zagueiro procura aproveitar todos os momentos. Nos treinos e nas entrevistas, está sempre com um sorriso no rosto. Brinca quando o momento permite brincadeiras e é sério quando se requer seriedade. Como dentro de campo, quando procura dar o melhor para o time. Uma carreira longeva e bem sucedida. De quem tem prazer na função que exerce. E cujo fim ainda não faz parte de seus planos. Pelo menos, não até o fim de 2016, que é até quando vai o contrato renovado com o Náutico.

Bem-humorado, Fabiano Eller se considera uma pessoa realizada. “Sou muito feliz. Acordo feliz e vou dormir feliz”, diz. Não podia ser diferente. Além do prazer em jogar futebol e “de ser um privilegiado por ganhar um bom salário para fazer o que gosta”, Eller possui a serenidade de quem sabe que cumpre bem o seu ofício. Seus títulos falam por si. E a relação que construiu com as torcidas por onde passou, também. “Praticamente em todos os clubes por onde passei, fui muito bem, a torcida gostou de mim”, enfatiza.

No Internacional, viveu o apogeu. O ano de 2006 mais marcante que 2010. Ambos marcados pela Libertadores. 2006, porém, foi quando o Colorado conquistou o Mundo. Enfrentando o poderoso Barcelona: de Ronaldinho, Deco, Iniesta e Xavi. Ninguém acreditava no Inter. “Mas no futebol não tem time que entre em campo para perder”, ensina. Quando saiu o improvável gol de Adriano Gaibu a oito minutos do fim, o zagueiro, em meio às comemorações com o parceiro Índio, falou. “A gente dá a vida aqui, mas não toma mais gol”, recorda. Não tomou. “Foi o maior momento da minha carreira.”

Não são apenas os títulos, porém, que satisfazem o espírito deste veterano com fome de bola. São as histórias e experiências proporcionadas pelo futebol, também. Como suas passagens pelo Catar. “Quando fui para lá, não sabia falar inglês, nada. Com 10 dias de treino, eu já estava no vestiário rindo para caramba e eles rindo de mim. Os caras iam almoçar ou jantar comigo e a gente passava uma hora, hora e meia falando. Ninguém se entendia, mas dava muita risada”, conta, dando gargalhadas, claro.

Para seguir colecionando histórias, Fabiano Eller se baseia nos números. Afirma ter ido muito bem em 2015. “Fiz 45 jogos, contanto o Red Bull e o Náutico. E só saí apenas de uma. O resto joguei os 90 minutos”, comenta. O bom início de 2016 ratifica o argumento do jogador. Em três jogos, 270 minutos jogados e nenhum gol sofrido. “Enquanto estiver bem, vou continuar jogando”, assegura o zagueiro, que não esconde a ambição de disputar a Série A do Brasileiro pelo Timbu em 2017.