NÁUTICO
Treinador revela preocupação com jogo aéreo rubro-negro e diz que vai procurar anulá-lo
Dal Pozzo afirma que o Timbu não vai mudar seu estilo de jogo por causa do rival
postado em 26/02/2016 18:27 / atualizado em 26/02/2016 18:38

A presença de Túlio de Melo dentro da área adversária e os gols que o centroavante tem marcado nas últimas partidas tem sido a principal arma ofensiva do Sport. Explorando as habilidades do atacante no jogo aéreo, a equipe comandanda por Falcão recorre com frequência à amplitude e profundidade laterais. Características que não passam despercebidas pelo técnico do Náutico. Ciente da força rubro-negra nas bolas alçadas na área, Gilmar Dal Pozzo revela ter realizado trabalho específico para anular este tipo de jogada. O treinador, entretanto, garante que o Náutico não vai mudar seu modelo de jogo por conta de um adversário.
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Ao contrário de Paulo Roberto Falcão, que não prestou declarações à imprensa na antevisão do clássico, Dal Pozzo falou. Embora tenha fechado o treino para definir os últimos detalhes - como dirimir as dúvidas que tem para substituir o suspenso Rodrigo Souza e suprir a lacuna no ataque deixada pelas lesões de Bergson e Rafael Ratão - e tenha preferido fazer mistério quanto à escalação, Dal Pozzo não se esquivou de comentar o que espera do grande jogo da quinta rodada do Estadual.
Para o treinador alvirrubro, a bola aérea rubro-negra e a força de Túlio de Melo na área são preocupações. “É um fundamento que agente vem trabalhando algum tempo também. E intensificou hoje”, revelou. Para Dal Pozzo, porém, o Náutico tem que procurar anular estas jogadas desde seu início. “Vejo que é na origem da jogada. Não deixar que a bola chegue com qualidade em um setor do campo, para, assim, não chegar bem para o Túlio”, descreveu. “Porque se houver um bom cruzamento, bom passe, o túlio vai fazer a diferença, porque ele é alto, tem boa impulsão e é bom na área”, alertou.
O comandante timbu, contudo, fez questão de ressaltar que seu time não vai alterar suas características para jogar em função do adversário. Na visão do técnico, o Náutico já tem um trabalho de seis meses consolidado e que vai ser mantido. “Já temos uma maneira de jogar. Independente de jogar em casa ou fora”, disse. “Não vamos mudar o que é um trabalho de seis meses. Não podemos fugir das nossas características”, enfatizou.
Dal Pozzo recorreu ao mesmo argumento para explicar porque não vai explorar apenas a pressão alta na saída de bola, ponto em que o Sport demonstrou dificuldade contra o Santa Cruz. “Nós temos o trabalho da pressão alta, meia pressão e pressão baixa. Vamos marcar pressão quando a gente entender que tem que marcar. Ela é determinada e é conforme a bola. Mas, em determinados momentos, vamos fazer essa pressão alta para pressionar a equipe do Sport.”