Náutico

NÁUTICO

Atitude, trabalho com a base e reforços: A apresentação de Gilmar Dal Pozzo no Náutico

Novo treinador alvirrubro lembrou que vai disputar a sua segunda Série C e que subiu na primeira, em 2012, no comando da Chapecoense

postado em 14/05/2019 18:38 / atualizado em 14/05/2019 18:51

<i>(Foto: Léo Lemos/Náutico)</i>
O Náutico não só teve pressa para anunciar um novo treinador, mas também para apresentar. O então técnico Márcio Goiano foi demitido no domingo à noite e nesta terça-feira Gilmar Dal Pozzo já esteve no CT Wilson Campos para realizar o primeiro treinamento à frente do Timbu - em movimentação fechada à imprensa. Logo após a atividade, o novo comandante concedeu entrevista coletiva.

Esta passagem de Gilmar Dal Pozzo pelo Náutico será a segunda. O técnico já havia comandado o Timbu entre setembro de 2015 e abril de 2016 - onde obteve 61,9% de aproveitamento. Durante esses poucos mais de três anos, Dal Pozzo passou por quatro times, sendo o último deles o Brasil de Pelotas, em 2018.

Na coletiva desta tarde, o treinador de 49 anos pregou 'atitude'. Além disso, falou sobre a primeira passagem, a evolução que teve nos últimos três anos, trabalho com a base e reforços. Confira os principais trechos da entrevista coletiva.

Atitude

"O reforço maior é a atitude. O que me moveu ao desafio de vir para cá, eu tinha alguns compromissos nesta semana e a minha ideia inicial seria iniciar no jogo do sábado porque eu entendia que precisava um tempo maior de adaptação, mas a necessidade do clube fez com o que eu viesse. E nós precisávamos dessa atitude. Eu já cheguei, já vim para concentração e fico até domingo, me envolvendo com o jogo, com a decisão e é isso que os atletas precisam: esse tipo de envolvimento, esse tipo de atitude", disse. 


"Nós chegamos a um consenso em uma reunião com o departamento se futebol e a diretoria que nem uma equipe no mundo fica 18 jogos invictos. Isso é um mérito muito grande. E, na sequência, foi perdendo jogos importantes. Isso alterou a autoestima dos atletas. Existe essa oscilação, é normal. Mas nós temos que nesse primeiro momento resgatar a autoestima desses atletas que ficaram 18 jogos sem perder. E essa confiança vem dentro de campo com atitude, passe, desarme, fazendo gols e nível de concentração".
 
 

Primeira passagem

"Não vou dizer que foi uma frustração (não subir em 2015) porque nós tínhamos um objetivo e nós ficamos a dois pontos do acesso. Uma campanha muito boa, uma retomada em meio a competição, colocando o Náutico em uma condição de acesso na primeira divisão. E depois houve uma mudança de comando na direção e a gente fez um belo trabalho, participei diretamente do trabalho daquele grupo que em 2016 ficou a um ponto de subir. Na formação do grupo em um ano (2016) e no trabalho de 2015, ele (o trabalho foi muito bom)".

Trabalho base com a base e reforços

"(O cenário atual) Não é nada diferente do quando assumi a Chapecoense em 2012, minha outra experiência na Série C, quando a gente conquistou o acesso. A gente chegou lá e tinha o cenário bem parecido, trabalhando com categorias de base e alguns jogadores experientes. Tem que saber gastar o dinheiro em cima das necessidades. Valorizar muito a base, tem jogadores de qualidade, mas a gente sabe que tem que aliar experiência, principalmente em jogo de mata-mata, que é a Série C. Peguei uma base boa aqui de jogadores formados", explicou.

"Agora a gente vai traçar o perfil e a necessidade desse grupo, que a diretoria esta fazendo um esforço para trazer (reforços) e nos ajudar na sequência da Série C".

Mudança de Gilmar em três anos

"A maturidade. Mais equilibrado, mais ponderado, vários cursos que fiz, boas campanhas, como no próprio Ceará, na montagem do elenco (que subiu em 2017). No Juventude a gente fez uma campanha extraordinária, ficando na liderança por 12 jogos, ficando no G4 em 24 rodadas. Trabalhos bons, mas que faltam um objetivo maior, que é uma conquista de um acesso, o que quero no Náutico. Sobretudo, mais maduro e experiente. Mas a motivação é a mesma, essa ela não muda. Fiz uma preparação boa desde o trabalho no Brasil de Pelotas", concluiu.