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Rafael Oliveira evita polêmicas e lembra infância difícil como força para superar lesões

Agora titular do time, jogador passou mais de uma ano sofrendo com contusões

postado em 23/08/2019 09:11 / atualizado em 23/08/2019 11:01

<i>(Foto: Léo Lemos/ CNC)</i>
Clássicos são jogos especiais, cheios de polêmica. O deste sábado, entre Náutico e Santa Cruz, teve até o presidente da Federação Pernambucana de Futebol afirmando que vai torcer para os tricolores. Questionado sobre essa declaração, o atacante Rafael Oliveira esquivou-se - já classificado, pode-se dizer que há menos em campo para o Timbu, enquanto a Cobra Coral joga a vida na competição.

E titular da equipe após sofrer com lesões por mais de um ano no Timbu, o jogador lembrou a infância difícil como motivação para tirar forças nesse período de recuperação e sofrendo com outras lesões.

“Ele vai torcer pela forma que ficar melhor para Pernambuco. Mas nosso grupo é muito forte, focado. Queremos o primeiro lugar. Clássico é gostoso de jogar, dentro de casa, com o apoio da torcida. Estamos devendo para a torcida uma vitória no clássico. Esse é o momento de mostrar ao torcedor que estamos focado. Que a gente possa conseguir a vitória e dar ao torcedor do Náutico”, disse o atacante. 

Titular da equipe há quatro partidas, o jogador demorou não apenas a se firmar, mas a ter sequência. Isso porque no terceiro jogo da equipe, ainda em 2017, sofreu uma grave lesão no joelho. Recuperado, ano passado, disputou apenas um jogo porque passou a sofrer com pequenas lesões musculares. Neste ano, no entanto, voltou a ter regularidade, ainda que somente como opção no banco de reservas. Por conta deste período inativo, comentou sobre a volta por cima. 

“Pela minha infância não foi nada fácil (assim como a recuperação). Desde criança eu já tenho essa gana de vencer, não desistir nunca. E por tudo que eu vinha passando (lesões), sabia que uma hora ia acabar. Eu não ia desistir. Em nenhum momento eu desisti. Hoje eu sou grato, estou feliz e vou em busca de mais objetivos”, disse. 

Revelado pelo Paysandu, o jogador lembrou que só ia aos treinos por carona - não tinha condições de bancar a ida, ainda que desde cedo já trabalhasse. 

“Dificuldade para ir aos treinos. O Paysandu foi onde as portas foram abertas e ia me buscar em casa porque não tinha condições de ir. Eu trabalhava já com 13, 14 anos. Eles já foram me buscar no trabalho muitas vezes na época. Nádio e Mancha. Se não fosse eles eu não ia realizar o meu sonho de ser jogador de futebol”, lembrou. 

“Eu era ajudante de pedreiro. Desde criança a luta já era grande. (Trabalhava) Com meu pai no mercadinho. Ajudante de pedreiro, capinava, ajeitava sofá. Já trabalhei de tanta coisa nessa vida e isso me fortaleceu mais ainda. O mais importante é estar com dinheiro no bolso”.