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Em nota, Paysandu relata agressão e diz que buscará providências sobre erros de arbitragem

Equipe paraense foi derrotada pelo Náutico nos pênaltis neste domingo

postado em 09/09/2019 11:00 / atualizado em 09/09/2019 11:15

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)</i>
Depois da eliminação nas quartas de final da Série C, que acabou com as chances de acesso para o Paysandu, os paraenses demonstraram clara insatisfação com a marcação polêmica de um pênalti aos 49 minutos do segundo tempo. Na manhã desta segunda-feira, o bicolor lançou uma nota oficial na qual anuncia que buscará providências judiciais sobre o erro, critica a escolha da arbitragem e relata agressão ao ao odontólogo do clube durante a invasão do gramado pela torcida do Náutico.

Antes do pênalti marcado, o Náutico estava sendo eliminado após derrota por 2 a 1. Com a conversão, o placar foi empatado e a definição do acesso foi para os pênalti, com vitória pernambucana. A situação não agradou ao clube alviceleste, que desde a saída de campo, não poupou críticas à arbitragem. Na nota publicada nesta segunda, o clube anunciou que o presidente Ricardo Gluck Paul viajará ainda hoje ao Rio de Janeiro para tomar as medidas cabíveis.

Além do relato do erro da arbitragem, a nota do Paysandu ainda fala sobre a agressão sofrida por Fernando Augusto, odontólogo do clube após o fim do jogo. Com a garantia do acesso, milhares de alvirrubros desceram ao gramado dos Aflitos e, neste momento, teria acontecido a agressão. Na sequência os bicolores foram escoltados pelo Polícia Militar ao vestiário.

Os paraenses também abriram crítica às escolhas de árbitros para as duas partidas da chave. Leandro Pedro Vuaden, que apitou o jogo de ontem, foi o único sem a chancela da FIFA a apitar uma partida das quartas, enquanto Anderson Daronco teria deixado de marcar um pênalti a favor dos paraenses.

O treinador alviceleste, Hélio dos Anjos, também não poupou palavras sobre a arbitragem do jogo do acesso. Na saída de campo, o treinador fez muitas críticas ao fato de terem sido escalados dois árbitros do Rio Grande do Sul, estado natal da maior parte da comissão técnica alvirrubra.

O treinador disse que Vuaden já “passou do tempo” e, por não ser mais FIFA, “não tem nada a perder”. Ele ainda criticou a expulsão de um membro de sua comissão técnica e o amarelo dado a Caíque Oliveira no banco do Paysandu. Ele ainda foi além e criticou diretamente o chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.

“Quando a gente cobrou dele (Gaciba) a arbitragem do Daronco, falou simplesmente que confiava, não falou nada da penalidade máxima. A arbitragem brasileira tem um grande defeito, eles ‘não erram’ (...) Sempre achei o Gaciba um árbitro ruim, antipático, incapacitado para arbitrar. Esse é meu ponto de vista e eu falo. Ele teve que sair da arbitragem porque não conseguia passar nos testes físicos”.

CONFIRA A NOTA DO PAYSANDU NA ÍNTEGRA

Após o time ser prejudicado por um gravíssimo e escandaloso erro de arbitragem, com ampla repercussão na mídia nacional e nas redes sociais, que prejudicou e causou a eliminação do Paysandu Sport Club no Campeonato Brasileiro da Série C, o presidente bicolor Ricardo Gluck Paul viajará nesta segunda-feira (9) para o Rio de Janeiro (RJ) em busca de providências judiciais, juntamente com um grupo de advogados especialistas em Direito Esportivo. O jogo da equipe paraense foi o único dos quatro do mata-mata da terceira divisão que não teve um representante da Fifa no apito.

Na noite do último domingo (8), o Paysandu vencia o Náutico-PE por 2 a 1, no Estádio dos Aflitos, em Recife, pela partida de volta das quartas de final da Série C. Porém, aos 49 minutos e 20 segundos do segundo tempo, de um jogo previsto para encerrar aos 50, o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden não aplicou a regra de maneira correta, embora estivesse muito próximo do lance, e marcou um pênalti inexistente contra o Papão. Depois de um cruzamento na área bicolor, Caíque Oliveira cortou de cabeça em direção contrária ao gol e a bola bateu em Uchôa, que estava com o braço totalmente colado ao corpo, sem tornar seu corpo maior de maneira antinatural. Além disso, a bola foi tocada por Caíque Oliveira na direção de Uchôa, ou seja, um próprio jogador bicolor, dentro da regra.

De acordo com a regra, não há infração se a bola tocar a mão ou braço de um jogador diretamente da cabeça ou do corpo do próprio jogador, incluindo o pé; diretamente da cabeça ou do corpo, incluindo o pé, de outro jogador que esteja próximo; se a mão ou braço estiver perto do corpo e não faça o corpo artificialmente maior; quando um jogador cai e a mão ou braço está entre o corpo e o solo para apoiar o corpo, mas não estendido lateralmente ou verticalmente para longe do corpo.

Na saída de campo, jogadores e integrantes da comissão técnica foram cercados por milhares de torcedores do Náutico que invadiram o gramado. O odontólogo do clube, Fernando Augusto, foi agredido durante a invasão. A equipe teve de descer para o vestiário escoltada por um cordão de isolamento feito por policiais militares, em um ambiente totalmente hostil e que colocou em risco a integridade física e até a vida de aproximadamente 30 profissionais.

No jogo de ida, o Paysandu já havia sido prejudicado com a não marcação de um pênalti cometido sobre o atacante Hygor Silva, que foi empurrado pelas costas pelo lateral-esquerdo adversário Willian Simões ainda no primeiro tempo do confronto disputado no Estádio Mangueirão, em Belém. O árbitro Anderson Daronco, que sofreu pressão do Náutico antes da abertura do mata-mata, mandou o jogo seguir.
 
CONFIRA A REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS DO PAYSANDU