Náutico

NÁUTICO

Punição da CBF não é revertida e Náutico continua proibido de inscrever jogadores

Vice presidente do Timbu, Diógenes Braga explicou drama vivido pelo clube, que só tem 10 atletas disputando o Pernambucano sub-15

<i>(Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP)</i>
A punição imposta ao Náutico pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em agosto deste ano, que impossibilita o clube de inscrever jogadores da base ao profissional, ainda continua em vigor. E, de modo a se livrar do problema, o Timbu precisa quitar ou renegociar algumas dívidas, sendo a maioria delas com o ex-treinador Milton Cruz, que passou pelo clube pernambucano em 2017.

Em agosto, o Náutico foi punido pela CBF por falta de cumprimento ao mecanismo de solidariedade doméstico na negociação do atacante Rogério com o São Paulo, uma vez que o Alvirrubro não repassou um percentual da venda do atleta para o Porto, clube onde ele iniciou a carreira. Além disso, há outros processos envolvidos, em sua maioria com o técnico Milton Cruz. 

E o Náutico vem sofrendo duramente com as consequências, segundo o vice-presidente Diógenes Braga, que detalhou a situação à imprensa. Os dirigentes de futebol do clube alvirrubro disseram entrar em contato com os advogados de Milton Cruz e com o próprio técnico, mas não obtiveram nenhuma resposta.  

Inclusive, o próprio dirigente timbu declarou ter enviado uma mensagem de áudio para o ex-comandante em forma de apelo para resolver a situação. 

“Eu cheguei a falar com Milton Cruz por mensagem de áudio, dizendo o seguinte: não nos falta caráter. Nos falta dinheiro. Mas dentro do que a gente pode honrar, a gente honra. Nosso gerente de futebol, Ítalo Rodrigues entrou em contato com ele. Eu, particularmente, tentei fazer contato com ele por telefone, falei rapidamente, ele disse que retornava. Depois tentei ligar, não consegui, mandei mensagem, fiz um apelo realmente, pedindo que reconsidere. 

“A gente pagou 100 mil reais, que eram as parcelas em atraso. Temos feito de tudo, ido à Câmara, pedindo a reconsideração. Quando houve o atraso das parcelas, conta como um acordo desfeito e o Náutico passou a ter bloqueado o registro de atletas. O que chegou para gente é que só vai destravar o sistema se a gente encerrar essa ação e isso passa por quitar um valor que está bem acima de 300 mil e a gente não tem esse dinheiro”, explicou Diógenes.  

Os efeitos práticos da punição são explícitos no Náutico. Com poder limitado para inscrever jogadores na Copa São Paulo de Futebol Júnior, cujo prazo de inscrição já expirou, e disputando o Campeonato Pernambucano sub-15, o Timbu conta com apenas 10 atletas em campo, sem reservas. Um campanha no Estadual considerada como ‘heróica’ por Diógenes. Atualmente, o Alvirrubro é o terceiro colocado, com 11 pontos, atrás de Sport e Retrô. 


“Alguns jogadores que a gente pretendia levar, não conseguimos inscrever na Copa São Paulo. O sub-15 está passando por um drama. Você jogar com um a menos, sem substituição...Porque, inicialmente, a gente tinha apenas o time, só os 11, mas um atleta acabou deixando o sub-15. E com um a menos a equipe tem sido absolutamente heroica”, reforçou. 

A reportagem do Superesportes tentou entrar em contato, por diversas vezes, com o técnico Milton Cruz, mas não obteve resposta.