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Defesa de Dal Pozzo espera prazo para Náutico pagar valores referentes à 'demissão' do clube

Advogada alega que demissão do técnico é clara, e que o montante da rescisão deve ser pago até o dia 22; Náutico evitou se pronunciar sobre o assunto

postado em 18/08/2020 13:15 / atualizado em 18/08/2020 13:24

(Foto: Caio Falcão/CNC)
A relação entre Náutico e Gilmar Dal Pozzo deve se estender por um tempo maior, ainda que nos tribunais. Embora o clube aponte que o ex-treinador da equipe principal siga com contrato vigente e aguardado para comandar a equipe sub-23, a defesa do técnico afirma que a demissão é clara, e aguarda o fim do prazo de dez dias para o pagamento dos valores referentes à rescisão.

Caso o Náutico não quite até o próximo dia 22 de agosto os R$ 500 mil de multa cobrada pelo treinador, além de 50% dos salários que ele teria a receber até novembro, a Justiça Trabalhista deve ser acionada pela parte de Dal Pozzo. "O Náutico já despediu o Gilmar e ele se entende despedido. Estamos aguardando os dez dias do pagamento da parcela rescisória. Após os dez dias (que se vencem no próximo dia 22), se o Náutico não fizer o pagamento, aí sim serão avaliadas as medidas legais cabíveis", aponta a advogada Mariju Maciel, à reportagem do Diario.

Gilmar Dal Pozzo era aguardado pelo Náutico na última segunda-feira para treinar a equipe sub-23, cujas competições são previstas para retornar em setembro. O clube alega uma cláusula contratual que garantiria a determinação sobre qual equipe o treinador comandaria, não necessariamente a profissional. Argumento que Mariju rebate.

"Essa cláusula não foi colocada pelo Náutico. Esse contrato que o Náutico fez é feito pelo CBF. Todos os técnicos do Brasil assinam esse contrato padrão da CBF. E aí eu pergunto se algum técnico do Brasil volta para a categoria de base do clube depois de ser técnico do profissional", questiona.

Segundo a defesa de Dal Pozzo, as dispensas do auxiliar-técnico Luciano Borges e do preparador físico Walter Grassmann reforçam a interpretação da demissão de Gilmar. "Com certeza. E o vídeo deixa bem clara a dispensa. O Ítalo (Rodrigues) no vídeo deseja boa sorte ao Gilmar", destacou, antes de negar relação entre a causa atual e débitos antigos do Náutico com Dal Pozzo, já negociados.

"Não há relação. O acordo trabalhista anterior não tem nada a ver com a relação atual. Resta lamentar todas as atitudes do Náutico", completa Mariju Maciel.

Questionado pela reportagem sobre o posicionamento do clube no caso, se seguiria com o intuito de alegar 'abandono de trabalho' por parte do treinador, como chegou a afirmar no último dia 14 ao Diario, o vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker evitou se posicionar desta vez.