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Técnico de Leonardo em 2000, Émerson Leão justifica não convocação à Seleção Brasileira

Treinador foi pego de surpresa com a notícia da morte do seu ex-atleta e falou com muito carinho da época em que comandou o atleta em uma das suas melhores fase

postado em 01/03/2016 20:50 / atualizado em 02/03/2016 16:33

Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Fred Figueiroa /Diario de Pernambuco

Otavio de Souza/DP/D.A Press
O técnico Émerson Leão comandou Leonardo em uma das melhores fases de toda a carreira do atacante. Foi além de comandante, cúmplice, amigo. Da ligação feita pela reportagem do Superesportes, a surpresa com a notícia da morte do ex-atleta. "Que Leonardo? Atacante? O que foi meu atleta!? Sinto muito!", exclamou em tom de surpresa, antes de falar com muito carinho do ídolo rubro-negro falecido na tarde desta terça-feira, dia 1º de março.

Em meio à histórica campanha do Sport no ano de 2000, quando Leonardo era o craque e artilheiro do time na extinta Copa João Havelange (equivalente naquele ano ao Campeonato Brasileiro), Leão foi escolhido pela CBF para comandar a Seleção Brasileiro. Saindo da Ilha do Retiro, a expectativa da torcida era a de ver o maior ídolo do time convocado. À época, inclusive, muitos estranharam Leomar (volante), em vez de Leonardo.

A justificativa de Leão vem nas entrelinhas. Embora não tenha falado com todas as palavras, o ex-treinador deixou transparecer problemas extracampo. Situações contornáveis no Sport, mas que, segundo ele, não caberiam na Seleção Brasileira.

"Com o jogador, entre eu e ele, tínhamos uma coisa bem definida. Eu usava como atleta o máximo que ele podia, mas nem todos os dias ele podia. Era uma coisa mais intíma nossa. Às vezes, ele chegava debilitado e eu mandava dormir, entende? Eu tinha muito apreço por ele, além de ser um craque, era um menino que poderia ter ido muito além do que foi", afirmou.

Émerson Leão apontou ainda problemas relativos a uma tuberculose mal curada. Mais precisamente sobre a não convocação, respondeu assim: "Aí já é outro mundo (a Seleção). Às vezes, o que acontece em um momento com um jogador, não acontece em outro lugar. Precisamos respeitar os lugares. O que diria é que nós com Leonardo erámos confidentes, tínhamos diálogo... mas em termos de Seleção, não se podia mais", ponderou.

"Tinha exames, uma série de coisas... é algo que vamos levar só para a gente", completou Leão, deixando as interrogações no ar. Finalizando a entrevista concedida, Leão, educadamente, eviou os pêsames. "Dê à família dele, à família rubro-negra, meus sentimentos. E que saibam que ele foi tratado dentro do Sport com muito respeito e carinho."
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