"O que a gente tem que fazer agora é proteger o trabalho", afirmou Alexandre Faria, em entrevista
Se logo após a derrota no clássico diante do Náutico, o técnico Daniel Paulista teve seu trabalho bombardeado nas redes sociais pelos torcedores, nesta segunda-feira, o treinador contou com o respaldo de toda a diretoria do Sport. Algo raro na temporada, principalmente em dia de reapresentação do elenco após um jogo, praticamente toda a cúpula do futebol leonino se fez presente no centro de treinamento do clube. Uma forma de demonstrar apoio ao comandante. Além do executivo Alexandre Faria, acompanharam a movimentação (um jogo-treino entre os reservas e a Agap), o vice de futebol Gustavo Dubeux e os diretores Augusto Carreras e Rodrigo Barros.
Prestigiado, o comandante seguirá à frente do time mesmo em caso de um novo tropeço nesta quarta-feira, fora de casa, contra o Boavista-RJ, pela Copa do Brasil. Pelo menos é o que garantiu o executivo Alexandre Faria. "Claro que o trabalho segue. Temos confiança total no Daniel. Tivemos um resultado adverso, mas estamos em primeiro lugar na nossa chave da Copa do Nordeste, estamos no G4 do Campeonato Pernambucano e vamos para a terceira fase da Copa do Brasil. Então, os resultados nesse início de temporada são favoráveis", enumerou Faria.
Ainda segundo o executivo leonino, a diretoria está ciente de que o time ainda não demonstrou todo o seu potencial. No entanto, o dirigente enxerga isso como algo natural pelo início da temporada. "Estávamos há 12 jogos sem perder e essa foi a primeira derrota que a gente teve. Lógico que por ter sido em um clássico dói e tem que doer mesmo. Mas a gente entende que o trabalho está sendo desenvolvido com qualidade. Concordo que em alguns momentos a equipe tem oscilado bastante, mas acho que isso é comum em início de temporada. Pode haver um momento de turbulência e uma derrota no clássico provoca isso. Mas temos que ter tranquilidade e respaldar o trabalho", destacou.
Alexandre Faria também reconheceu que boa parte da pressão se dá pela pouca experiência do treinador na função. Aos 34 anos, Daniel Paulista só foi efetivado no cargo na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado.
"Entendo que essa cobrança é natural nos profissionais de menos currículo. O Eduardo (Baptista) vinha sofrendo uma pressão enorme no Palmeiras. Com quatro jogos, já tinham pedido a cabeça dele, mas agora que ganhou duas partidas já é o melhor do mundo. O que a gente tem que fazer agora é proteger o trabalho. Ouvir e entender as críticas, depois filtrá-las para que possamos tirar proveito delas. Mas nós temos as nossas convicções e vamos continuar trabalhando nessa linha", finalizou.
Fotos: Russo reencontra Sport em jogo-treino com vitória do Leão
