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Em busca de difícil classificação na 'Sula', Sport luta contra falhas no jogo aéreo defensivo

Leão sofreu 16 gols de cabeça na Série A, um na 'Sula' e deve melhorar fundamento para ampliar chances de passar pelo Junior Barranquilla

postado em 01/11/2017 11:30 / atualizado em 01/11/2017 11:38

Ricardo Fernandes/DP
Bola alçada na área do Sport é uma aflição para a torcida rubro-negra. Não de hoje, o erro no jogo aéreo tem sido repetido pela equipe. Depois da saída do técnico Vanderlei Luxemburgo, o interino Daniel Paulista não teve tempo para corrigir esse grave defeito, e o Leão voltou a ser vazado de cabeça na reestreia dele no comando do time. Na derrota por 4 a 3 para o Coritiba, pela Série A, o Rubro-negro contabilizou novos sustos pelo alto e mais um gol sofrido a partir de testadas dos adversários. Para o “milagre” de avançar na Copa Sul-Americana, a falha precisa ser urgentemente corrigidas ou - pelo menos - minimizada.

Vazado 47 vezes em 31 rodadas durante o Brasileirão, o Sport só não sofreu mais gols até aqui que Vitória e Atlético-GO  - os dois últimos colocados do campeonato, com um a mais. Muito desse mau retrospecto se deve à ineficiência da retaguarda leonina em afastar as bolas cruzadas dentro da área. De todos gols que levou na Série A, 16 foram em cabeçadas após lances pelo alto - ou seja, 34% do total. Na Sul-Americana, a equipe teve ainda a suas redes balançadas uma vez dessa forma. 

Diante do Coritiba, as possibilidades de cruzamentos na área do Sport viravam momentos de tensão nas arquibancadas da Ilha do Retiro. A cada de escanteio para o Coxa, por exemplo, a aflição na torcida era semelhante a da marcação de uma falta frontal ou mesmo de um pênalti a favor do adversário. 

Um tormento que não é recente. Há mais de um mês, o Superesportes já publicava a primeira reportagem relatando a falta de aptidão do Rubro-negro nas jogadas por cima. Um problema que Vanderlei Luxemburgo não conseguiu resolver. A missão agora está nas mãos de Daniel Paulista.

Pouco tempo para se aperfeiçoar

O Sport chegou a Colômbia nessa terça após viagem de 16 horas desde o Recife. Treinou e só conta com o trabalho desta quarta para, quinta, tentar reverter fora de casa o 2 a 0 sofrido na Ilha do Retiro para o Junior Barranquilla. Daniel Paulista, portanto, não terá como aperfeiçoar o fundamento como gostaria esta partida volta das quartas de final da Sul-Americana. Mas o interino deixou em aberto a possibilidade de fazer mudanças até de peças para os compromissos seguintes da temporada, em que o Leão vive sob a ameaça de rebaixamento na Série A. 

“Eu precisaria de tempo. Tempo eu não tenho e nem vou ter, principalmente nesta semana agora. Tempo para treinar vai ser praticamente inexistente, mas a gente vai tentar algumas situações em termo de possibilidade de atletas. Tentar testar uma nova formação para que a gente busque uma liga para diminuir o número de erros que cometemos”, pontuou.