O Cruzeiro procura um atacante para ser a referência do setor ofensivo em 2018, quando novamente vai disputar a Copa Libertadores da América por ter vencido a Copa do Brasil deste ano. Mas a direção celeste não se manifesta publicamente sobre os nomes. Segundo informações apuradas, o técnico Mano Menezes prefere um jogador que tenha característica de movimentação e que ajude na marcação circunstancialmente, o que não seria muito o caso de André. No entanto, o grande entrave para a contratação do centroavante é mesmo financeiro.
Eleito no início de outubro, o presidente Wagner Pires de Sá não deve investir cifras muito altas em contratações. Recentemente, a nova gestão usou o dinheiro da venda do lateral Diogo Barbosa ao Palmeiras para quitar salários atrasados, inclusive. O valor de mercado de André é mantido em sigilo, mas o Sport comprou 70% dos direitos econômicos dele junto ao Corinthians e ao Sporting Lisboa, em fevereiro, por R$ 5,23 milhões, num contrato válido até 3 de fevereiro de 2022.
Nesta temporada, André fez 27 gols, sendo 16 na Série A. Assim, isolou-se como maior artilheiro da história do Sport numa única edição de Brasileiro, superando Luis Carlos e Diego Souza - goleadores com 14 tentos, em 1985 e 2016, respectivamente. Com 67 partidas disputas em 2017, 70 se contabilizar as que fez pelo Sporting Lisboa, se tornou o jogador de linha que mais atuou no ano no Brasil.
Entre 2011 e 2012 e depois entre 2014 e 2015, André defendeu o rival do Cruzeiro, o Atlético-MG. Na segunda passagem Minas Gerais, por sinal, ganhou o apelido de “André Balada”, acusado pela torcida do Galo a exagerar nas festas. Mas neste ano o atacante de 27 anos exorcizou a má fama ao suportar bem uma elástica temporada que reuniu Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro para o Sport. Os números dele impressionam. André jogou o equivalente a 83,5% das partidas do Leão em todas essas competições de 2017.
