Seguindo o padrão de não confirmar o desfecho da negociação sem o “preto no branco”, o executivo de futebol rubro-negro, Alexandre Faria, não trata a negociação como consumada. Em entrevista coletiva no CT do clube, nesta tarde, o dirigente apenas admitiu que há o interesse do São Paulo em comprar os direitos econômicos e federativos do jogador que pertencem ao Leão. O Bahia, por sua vez, já anunciou o meia como reforço para os próximos três anos.
“O Bahia deu o atleta como certo lá. Mas ele é do Sport. Existe o interesse do São Paulo na aquisição do atleta e se eles vão negociar com o Bahia ou com qualquer outro clube, não nos cabe. Mas até a segunda ordem, ele pertence ao Sport”, disse Alexandre Faria.
De acordo com apuração da reportagem do Superesportes, o destino de Régis já está sacramentado: o Bahia. Então vinculado ao Sport até maio de 2019, a saída do atleta em definitivo da Ilha do Retiro rendeu a quitação de duas dívidas que os rubro-negros tinham com o São Paulo. Uma delas, a referente ao atacante Rogério.
O débito do Leão com o Tricolor Paulista para concluir a compra de R$ 3,5 milhões por mais 25% dos direitos econômicos de Rogério era de R$ 900 mil - e não de R$ 2 milhões, como se chegou a cogitar. A negociação envolvendo Régis não apenas quitou essa dívida, como também zerou uma pendência referente aos empréstimos do meio-campista para o Palmeiras e para o Bahia, nos quais o Leão lucrou nas ocasiões e não repassou a parte total que o São Paulo tinha direito por também ser dono de uma porcentagem dos direitos econômicos do meia.
Essa segunda dívida dos repasses não realizados pelo Sport era de R$ 440 mil. No total, então, a saída de Régis para o Bahia zerou um débito de R$ 1,34 milhão que o clube pernambucano tinha com o paulista. De quebra, deixa ainda o Leão livre da barganha que a equipe paulista tinha em mãos na busca pelo meio-campista Diego Souza - visto que, inicialmente, o São Paulo queria aproveitar o débito rubro-negro para abater o valor total da compra do principal jogador do Sport.