Gabriel se consolida como novo 'coringa' do meio-campo do Sport e avalia dupla de volantes

Dos 11 jogos do Sport no Campeonato Brasileiro da Série A, Gabriel só esteve ausente em um. O motivo? Um cansaço muscular o tirou do confronto diante do Paraná, na terceira rodada. Foi o duelo de estreia do técnico Claudinei Oliveira. Porém, no confronto seguinte, o atleta já voltou a campo como titular para não mais sair. Em cada partida, cresceu no conceito do treinador e desempenhou várias funções no setor de criação. Jogou nas pontas esquerda e direita. Também atuou centralizado. Virou o coringa do meio-campo rubro-negro, que, agora, está prestes retomar em uma função que já vinha atuando desde a época do treinador Nelsinho Batista. Diante do Ceará, às 19h30 da próxima quarta-feira, no estádio Presidente Vargas, ele deve assumir o posto de volante. 

“Já venho jogando assim há um bom tempo, desde a época do Nelsinho, e para mim não tem problema. O intuito é ajudar, independente da função, procurar cumprir da melhor forma”, afirmou. E mais. Disse que houver comprometimento de todos, não haverá dificuldades táticas diante do Ceará. “Se todo mundo tiver o intuito de ajudar, a gente vai se fechar muito bem, ter uma boa saída de bola e chegar bem na frente. O time ganhou muito ofensivamente, mas não vamos deixar aberto lá atrás”, falou.

A nova aposta de Claudinei Oliveira vem diante da suspensão do volante Deivid pelo terceiro cartão amarelo. Sem o atleta, Gabriel participou da única movimentação aberta à imprensa com o time montado, na última terça-feira, ao lado de Fellipe Bastos em uma função mais recuada. Porém, segundo o próprio parceiro do jogador, a situação tem sido trabalhada durante toda a pausa do Campeonato Brasileiro da Série A.

“Nessas três semanas, eu e Gabriel temos conversado bastante para que não se dê espaço, não dê contra-ataque. É o mais perigoso da equipe do Ceará. A equipe deles vêm muita rápida na frente. Não podemos dar contra-ataque para não acabar sofrendo gol e prejudicando o nosso jogo”, disse Fellipe Bastos.  

A preocupação do atleta faz sentido. Com essa nova dupla de volantes formada, o Sport perde no poder de marcação. Precisará, portanto, reforçar ainda mais outra característica que levou o time a chegar na pausa desta Série A com 19 pontos, na sétima posição. A coletividade precisará se sobressair, com a já conhecida aplicação tática, sufocando o rival.

“A nossa equipe ganha muito ofensivamente. Os cinco da frente, que são Gabriel, Michel (Bastos), Marlone, Rogério e Rafael (Marques), todos sabemos da qualidade deles. Mas temos conversado para eles ajudarem também na parte defensiva porque também a gente ficou forte nisso neste ano no Brasileiro. Não podemos perder essa característica que a gente conquistou, mas, lógico, que a gente vai muita dificuldade para a equipe adversária com a bola”, avaliou Fellipe Bastos.

Magrão; Raul Prata, Léo Ortiz, Ernando e Sander; Fellipe Bastos, Gabriel, Michel Bastos, Marlone e Rogério; Rafael Marques.