Com suspensão de Jair, cresce importância tática de Marcão para duelo final com Santos

Ultrapassado o período de desconfiança de quando foi anunciado como reforço do Sport, o volante Marcão vê seu papel dentro do time rubro-negro ganhar importância no duelo decisivo diante do Santos, às 16h do próximo domingo, na Ilha do Retiro, pela última rodada da Série A. Com a suspensão de Jair, a dupla de volantes que deu nova estabilidade e maior competitividade à equipe que luta contra o rebaixamento, acabou desfeita justo em um confronto de vida ou morte. Com esse novo cenário, caberá ao jogador o papel de protagonista do setor com a principal função de dar suporte ao sistema defensivo.

A presença de Marcão é uma herança do técnico Eduardo Baptista, que o indicou durante o curto período em que esteve à frente do Rubro-negro. Desde a estreia no empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, na 24ª rodada, o atleta já engatou 14 partidas seguidas pelo time como titular. Do discurso de “é chegar na madeira, sem aliviar” da apresentação, o volante de 27 anos passou a se mostrar muito mais aplicado taticamente e até limpo nas jogadas, superando as limitações técnicas. Tanto que não ficou suspenso pelo clube na competição.

“Fico feliz de a cada jogo estar evoluindo. Eu assisto aos jogos, pego os lances. Tem lances que eu mesmo erro e depois eu me cobro muito. Procuro sempre estar melhorando. Fico feliz que tenha agradado, mas cada jogo você tem que mostrar mais e mais porque sempre tem o próximo jogo. Não fica só a imagem para trás. O que foi feito já passou, e você tem sempre que dar mais”, declarou. 

 

Antes do Sport, Marcão estava na Série C do Brasileiro, onde defendeu o Cuiabá e conseguiu o acesso. Ainda neste ano, Marcão defendeu o Linense no Campeonato Paulista, onde chamou a atenção do técnico Eduardo Baptista. Já na temporada passada, ele fez 22 jogos na campanha do rebaixado Atlético-GO à Série B. Com clubes mais modestos no currículo, precisou correr dobrado para se fixar no Rubro-negro. 

Agora, para o duelo com o Santos, Marcão deve firmar uma parceria com Fellipe Bastos. Pelo menos, foi com esse jogador que o técnico Milton Mendes decidiu trabalhar a equipe nessa quinta-feira, em treino na Ilha do Retiro. Sempre valorizando a entrega em campo, o jogador minimiza a mudança de peça no setor. 

“Seja quem for que o professor optar, vai suprir a ausência do Jair. Claro, com características diferentes. Tenho certeza que todos vão cumprir à risca o que o professor pedir e vamos sair felizes do jogo de domingo”, disse.