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Diretor mira folha do Sport em R$ 800 mil e quer pagamento em dia para cobrar elenco

Wanderson Lacerda diz que quer time com atletas que honrem clube

postado em 30/12/2018 14:52 / atualizado em 30/12/2018 14:53

Nando Chiappetta/DP
Ainda fazendo as contas para saber em que situação financeira o Sport abrirá a temporada de 2019, a nova diretoria de futebol do clube, encabeçada pelo presidente eleito Milton Bivar, já começa a traçar planos para a folha salarial do Rubro-negro. Em 2018, o elenco encerrou os trabalhos custando cerca de R$ 2,5 milhões ao mês. Agora, para 2019, a queda projetada para disputar a Série B é grande. Com isso, o custo mensal deve ficar entre R$ 600 e R$ 800 mil. A projeção parte do diretor de futebol Wanderson Lacerda. 

O novo integrante ainda revela que esses são dados iniciais. Afinal, a parte financeira rubro-negra ainda está sendo detalhada pelo grupo de transição, que ganhou uma sala na sede do Sport para fazer levantamentos e estudos até a posse de Milton Bivar, marcada para o próximo dia 2 de janeiro. 

“Os números (orçamento) ainda são realmente desconhecidos, vamos dizer assim. A gente não pode querer montar uma folha muito alta ou muito baixa. Quer dizer, muito alta nem pensar. É impossível. Agora, eu tenho a opinião é de que nós poderemos ter uma folha de R$ 600 a R$ 800 mil inicialmente”, disse Wanderson Lacerda. 

Redução de salários

Dentro deste novo cenário de contas mais apertadas, Wanderson Lacerda confirma que irá chamar alguns atletas que têm contrato com o clube para negociar salários que estejam acima do patamar financeiro para a próxima temporada.

“Nós temos jogadores que têm salários altos e que alguns vão ter que abdicar desses valores para a gente pode chegar a um ajuste. Tudo isso vai depender de conversa. Está todo mundo de férias. Apenas um grupo que teve a volta antecipada (atletas da base) é que a gente tem controle sobre eles. Sobre o restante, ainda não.” 

Sem atletas midiáticos e sem "brincar de pagar"

Além de renegociar salários, Wanderson Lacerda projeta jogadores com currículo menor aportando na Ilha do Retiro. A ideia é fazer um time de maior entrega e que consiga ser pago rigorosamente em dia.

"Não adianta o clube brincar de pagar e o jogador brincar de jogar. Então, isso aqui não vai existir. Só vão existir contratações que o Sport possa pagar, chegar no dia do vencimento do salário e o dinheiro estar na conta para a direção poder ter moral e condições de cobrar dos seus atletas. Esse roteiro, esse objetivo, seja seguido.

Agora, a torcida não pode esperar, nesse momento, time midiático como teve. Eu prefiro trabalhar com um time mais modesto, recheado de jogadores da base, mas que querem honrar e jogar para a torcida. Honrar a camisa do Sport é o primeiro lugar. Brigar pelo resultado é o segundo lugar. Dentro desse panorama é que a gente desenha um futuro para o Sport."