Na coletiva pós acesso, o técnico Guto Ferreira quebrou o “protocolo” tradicional após a partida e não quis analisar da vitória de virada por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, que sacramentou matematicamente a classificação do Sport. Ao invés disso, o treinador preferiu um discurso, que foi um misto de agradecimento e desabafo.
Apontando o trabalho pelo Sport como um dos mais “marcantes” da sua carreira, Guto relatou momentos de dificuldades ao longo da campanha e ressaltou a superação de todos. Desde os jogadores aos funcionários do clube.
“Hoje não vou relatar o jogo e sim o trabalho que começou lá em fevereiro e foi de muita dificuldade, mas ao mesmo tempo de muito respeito. Respeito dos funcionários e dos jogadores que formaram um ambiente extremamente sadio e entenderam desde o primeiro momento o que a gente buscava aqui dentro”, pontuou o treinador, que lembrou também das dificuldades financeiras do clube.
Dentro de campo, Guto também fez questão de exaltar os feitos individuais dos jogadores rubro-negros. Para o comandante leonina, sua equipe teve uma campanha “brilhante” na Série B.
“Se colocar na balança o investimento que fez o Bragantino (campeão) e o que investiu o Sport eu acho que a nossa campanha é mais do que vencedora. Não só por estarmos na Primeira Divisão, mas por fazer um campeonato que eu classifico de brilhante, sim”, analisou.
“Hoje fico muito feliz de ter o artilheiro da competição (Guilherme) e o vice (Hernane) que se lesionou e continua lá em cima. Temos a terceira defesa menos vazada, com a gente abrindo a 37ª rodada, e o segundo melhor ataque. Temos também o maior ladrão de bola da competição (Charles) e devemos ter alguém brigando pelas assistências. Mailson até sair lesionado era o goleiro com mais defesas difíceis. E Luan está ali também. Não pela quantidade, mas pelo percentual. E o mais importante de volta à Série A”, finalizou.