Redenção. Essa pode ser a palavra a definir o ano do volante Charles em 2019. Após surgir muito bem pelo Internacional na Série B de 2017, o jogador acabou perdendo espaço devido a lesões na temporada passada e tendo muito pouco tempo em campo. Assim, quando teve a oportunidade de vir para o Sport, o jovem de 23 anos não pensou duas vezes e abraçou a chance de abrir uma nova possibilidade na carreira.
O Superesportes conversou com exclusividade com o camisa 35 do Leão, que falou sobre a chegada ao Recife, a melhor temporada da carreira e a importância da torcida na reta final da briga pelo acesso à Série A neste ano. Sobre a sua permanência, Charles não quis confirmar e deixou por conta de conversas entre as diretorias de Sport e Internacional, além do seu empresário, mas fez questão de dizer que está muito feliz na capital pernambucana.
A saída de Porto Alegre
“Desde a minha chegada foi muito tranquilo. Fiquei com um pouco de receio, pois foi a primeira vez que saí de Porto Alegre. Todos me receberam da melhor forma possível. Gostei muito do clube e da cidade. Tenho muito carinho por tudo o que vivi neste ano e estou aproveitando cada minuto. Minha vinda foi muito válida, acho que foi a melhor escolha que poderia ter feito. Fui muito bem acolhido aqui no Recife e estou muito feliz aqui”.
A oportunidade e o recomeço
“Eu vim para jogar e mostrar meu trabalho. Ano passado tive lesões que atrapalharam muito o meu desempenho. Foi para me valorizar profissionalmente, precisava sair de lá (Porto Alegre) para abrir novos caminhos e enxergar novas possibilidades na carreira. Foi o que eu fiz e tenho certeza, hoje, que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado para o meu crescimento profissional”.
Pontos altos e ponto baixo
“Tiveram dois momentos que foram os melhores para mim. O primeiro foi a minha estreia no Pernambucano até o título e, depois, foi a reta final da Série B, na qual eu cresci muito fisicamente e consegui fazer bons jogos e ajudar o Sport. Meu pior momento foi o início da Série B, onde estreamos com muitos empates, o que atrapalhou um pouco para que continuássemos brigando até o fim pelo título com o Bragantino”.
Melhor momento da carreira?
“Com certeza. Não tenho dúvidas que foi o meu melhor ano. Fui titular muito tempo, fiz muita minutagem, não tive lesões, o que ajuda bastante. Estou muito feliz aqui, tive a oportunidade de fazer muitas partidas e alguns gols, ganhei título e consegui o acesso. Não tenho dúvidas de que esse foi o meu melhor ano desde que subi para o profissional, no Internacional, em 2017”.
A força da Ilha do Retiro
“A torcida foi nosso 12º jogador. Nos ajudou muito. Em jogos que saíamos perdendo em casa, os torcedores foram espetaculares, nunca deixaram de nos apoiar e nos levaram à vitória em diversos momentos. Eu vejo que todo esse carinho que eles tiveram comigo e com o grupo foi essencial para que a gente se sentisse abraçado e se doasse cada vez mais para conquistar o objetivo que era o acesso à Primeira Divisão”.
O futuro em 2020
“Recebi algumas coisas, sim. Chegaram com meu empresário, a gente sempre mantém contato. Eu estou muito feliz aqui, mas o Inter quer que eu volte para me reapresentar lá. Quero terminar essa semana e ver o que vai acontecer. Não tenho como dar uma resposta concreta, mas quero deixar claro que estou muito feliz aqui. Minha esposa gostou muito da cidade e isso pesa muito. O Sport é um clube muito grande, se eu ficar, estarei muito contente por estar usando uma camisa tão pesada quanto é a do Sport, mas sabemos que não depende só de mim. Os presidentes (do Sport e do Internacional) precisam conversar, meu empresário também, para que as coisas se resolvam da melhor maneira possível".