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Inatividade faz Sport mudar planejamento para Série A, afirma executivo: 'Tsunami'

Quando houver previsão para o futebol voltar e uma real dimensão do dano pelo período sem jogos, Lucas Drubscky indica menor investimento para elite

postado em 15/05/2020 08:10 / atualizado em 15/05/2020 12:05

(Foto: Anderson Stevens/ Sport Recife)
O retorno à Série A em 2020 representava um respiro financeiro ao Sport. Em grave crise, desde o ano passado, o Leão teria a chance de, com mais dinheiro, não apenas quitar dívidas, mas também fazer um maior investimento na equipe, principalmente quando o Campeonato  Brasileiro começasse e o clube recebesse as receitas de TV da competição. No entanto, todo esse planejamento ruiu por conta da pandemia do coronavírus, de acordo com o executivo de futebol do clube, Lucas Drubscky.

Assim, por conseguinte, precisará ser refeito, mas apenas quando este surto de saúde passar e a direção rubro-negra tiver noção do real estágio em que se encontra após os danos causados pela inatividade. Afinal, são dois meses futebol e ainda não há previsão de voltar. Além disso, o dirigente sugeriu também uma menor capacidade de investimento para a disputa da elite nacional.

“Tínhamos a possibilidade dos quatro ou cinco primeiros meses de 2020 serem mais enxutos financeiramente para o que se gastaria com o elenco e a partir de maio, quando começasse a entrar o dinheiro do campeonato brasileiro, a gente pudesse fazer um investimento mais robusto. Tudo, claro, respeitando uma ótica de pés no chão, de gestão responsável. Mas a pandemia mudou tudo isso”, afirmou o diretor.

“Sabemos que o Sport vem de um passado recente e ainda estamos em muita dificuldade. Com muito trabalho conseguimos fazer um ano passado vitorioso e tínhamos em 2020 como um ano para começar a querer tirar a cabeça debaixo d’água e respirar um pouco. E aí vem essa pandemia que é um tsunami assolando tudo”.

Sem jogos e, por conseguinte, transmissões, o Leão perdeu a receita de bilheteria e teve patrocinadores do uniforme suspensos. Além disso, viu a renda com o quadro de sócios cair - até o momento, 8 mil associados tornaram-se inadimplentes. Paralelamente a isso, o clube deve dois meses de salário ao elenco, não conseguiu negociar uma redução dos vencimentos com os jogadores e fez corte no quadro de funcionários.

Reforços
Por conta desse cenário, o executivo afirmou que, antes de tudo, o mais importante é resolver os débitos com o elenco para, aí, sim, pensar em reforços para a Série A. “A prioridade número zero é, de fato, angariar recursos para os atletas e funcionários, para quitar e manter as obrigações com ele. Na medida que a situação clarear, a gente volta a questão dos reforços como prioridade, mas até em respeito aos atletas e funcionários, temos que manter como topo daquilo que estamos nos esforçando, essa preocupação com os vencimentos dos que aqui estão”, finalizou o dirigente.