Sistema defensivo teve atuação destacada na partida (Foto: Anderson Stevens/ Sport Recife)
Apesar da eliminação nos pênaltis, a atuação do Sport diante do Fortaleza no último sábado foi uma das melhores na temporada. E muito por conta da postura um pouco mais defensiva, com a equipe atuando em bloco baixo e compacto, com os dois atacantes de lado tendo importante papel defensivo, quase como auxiliares de laterais - diferentemente do que ocorreu, aliás, diante do Santa Cruz e Confiança, quando o time rubro-negro propôs o jogo, influenciado também pelo contexto da tabela.
E essa ideia cautelosa, de esperar no campo defensivo para sair em contra-ataque, não deve ser algo pontual. De acordo com o técnico Daniel Paulista, este modelo de jogo vem sendo muito trabalhado no clube, especialmente deste a retomada dos treinamentos, em meados de junho. E pode ser visto na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro, previsto para começar no próximo dia 8 (sábado), às 21h, diante do Ceará, no estádio da Ilha do Retiro.
“É uma ideia de jogo, é um modelo de jogo que a gente vem trabalhando. Durante a paralisação treinamos muito essa questão do balanço das linhas, do fechamento dos espaços, a compactação da equipe. E isso tudo se traduziu quando a gente enfrentou um adversário muito qualificado (o Fortaleza), que ia nos dar dificuldade. Com certeza era o grande teste e foi o grande teste se olhando para a Série A”, iniciou o comandante.
“Então foi um teste onde eu saio satisfeito pelo que a equipe apresentou, consciente do que a gente precisa evoluir e que temos condição e evoluir, de melhorar, em todos os setores do campo para que a gente lute no Campeonato Brasileiro, que é um campeonato extremamente difícil e a sequência de jogos de alto nível técnico, para que a gente possa traduzir rendimento através de resultado”, seguiu Daniel Paulista.
Apesar de satisfeito, Daniel Paulista reconheceu que a execução foi feita em caráter de mata-mata, cuja configuração é diferente do que ocorre no Brasileirão - antes da competição, aliás, o clube disputa o quadrangular da queda no Estadual, que começa nesta quarta -, jogado em pontos corridos (38 rodadas), que requer ainda mais regularidade e concentração.
"Agora nós temos a consciência que nós precisamos de mais. Nós precisamos continuar evoluindo, porque o Campeonato Brasileiro não é uma única partida. É um campeonato longo, precisa-se de elenco, precisa de condições para que a gente possa manter o rendimento alto, condições de nível de apresentação alta, para que a gente possa conquistar os resultados que a gente vai precisar”, concluiu o treinador.
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