Organização da Refeno faz balanço positivo da regata e mira repetir sucesso em 2016

FERNANDO DE NORONHA - Mais uma edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno) chega ao fim e os desafios para o próximo ano já estão colocados à mesa. Com o país passando por um momento econômico delicado, organizar um evento náutico dessa importância, e que envolve um esporte em que os custos são altos, exige muito planejamento. Por isso, a 28ª edição da regata já começará a ser discutida na próxima segunda-feira.

Nesta quarta-feira, no Museu dos Tubarões, foi realizada a entrega das premiações aos vencedores da Refeno deste ano. O gaúcho Camiranga confirmou o favoritismo sendo o primeiro a chegar a Fernando de Noronha, na manhã do último domingo, e ficou com o troféu fita azul pelo segundo ano seguido. Ao todo, 49 embarcações completaram a travessia de 540 quilômetros. A última delas, o Argos I, aportou no arquipélago na segunda-feira, mais de 52 horas após a largada no Marco Zero do Recife.

Atrair os velejadores para a Regata foi e continuará sendo o principal desafio da organização da Refeno. Para o Comodoro do Cabanga Iate Clube, Jaime Monteiro, ter a participação de 49 barcos este ano até surpreendeu, visto o momento que passa o país. "Ficamos surpresos porque sabemos de tudo o que está acontecendo. 49 foi muita coisa. Além disso, este ano não tivemos o Cruzeiro Costa Leste, que agregaria mais uns dez barcos. Acho que o ideal para a Refeno é ter 70 embarcações", afirmou.

Visando 2016
A avaliação da Refeno deste ano foi positiva na visão de Jaime Monteiro, mas o objetivo é melhorar para a próxima edição. Criar um ambiente amigável na regata é um ponto essencial para continuar atraindo velejadores. "Costumamos dizer que essa é uma regata de velejadores para velejadores. Procuramos sempre melhorar cada vez mais o evento. Acho que o clima de confraternização criado nesta regata é o principal atrativo dela. A fórmula é a reunião dos velejadores", contou o Comodoro, que veio no barco Kakamaumau.

A segurança foi um dos pontos ressaltados na avaliação. Para este ano, foram exigidos mais equipamentos, como o Epirb, um localizador que aciona automaticamente caso o barco naufrague. Ano passado, um barco sofreu um acidente e não tinha esse instrumento, que não era obrigatório até então. Esse ano, nenhum incidente dessa seriedade foi registrado. O veleiro Ciranda teve o mastro rompido, mas foi socorrido por outra embarcação, o Kakamaumau, sem maiores problemas. "Ninguém vai para o mar sem preparação. As exigências de segurança da Marinha são importantes e os fatos mostraram isso. Tivemos uma regata bastante tranquila", avaliou Evaldo Altino, diretor da Refeno 2015.

Cabanga divulga resultado final da Refeno 2015

Geral
1º Camiranga (ORC)

Bico-de-proa
1º Star Lite
2º Andante
3º Carapitanga

Aço
1º Taru Andé
2º Pangeia/Veleiro Escola

Turismo
1º Voyager Atlantis Divers
2º Argos I

ORC
1º Camiranga
2º Lexus/Ventaneiro
3º Itajaí Sailing Team

Mocra
1º Aventureiro 3
2º Safena 4
3º Algo Mais

Trimarã
1º A Travessia

Aberta
1º Nanook
2º Endurance
3º Prosperité

Catamarã
1º Tatá III
2º Gabi
3º Pura Vida

RGS A
1º Mussulo III
2º Tapioca

RGS B
1º Avatar
2º Flash Back
3º Bolero II

RGS Geral
1º Mussulo III Angola Cables
2º Tapioca
3º Avatar

Imprensa
1º Mussulo III Angola Cables (Diario de Pernambuco)
2º Vo Rai (Folha de Pernambuco)
3º Ciranda (Jornal do Commercio)

Tripulante Mais Jovem - Embarcação Pura Vida - Arthur Schwingel da Cruz - 2 anos

Tripulante Mais Idoso - Luiz Manoel de Lima (Luizão) - Embarcação Ciranda - 76 anos

Barco com maior percentual de mulher: embarcações Andante e River Baby - (50%)

Tripulação Barco à Velho - La Vie (BA) cinco tripulantes, 272 anos - média de 54,4 anos

Troféu Tartaruga Marinha (penúltimo barco) - Embarcação Amar Sem Fim SP

Troféu Solidariedade (Fair Play Náutico) - Embarcação KakaMaumau