O Superesportes entrou em contato com Marcílio Sales por telefone que confirmou as ações. Inicialmente, a informação apurada pela reportagem era de que o valor cobrado seria de R$ 320 mil. Porém, o próprio ex-dirigente revelou que a quantia seria muito maior.
"Se fosse só R$ 320 mil eu dava para o Náutico, mas é muito mais. Foram vários empréstimo para pagamento de folhas de funcionários, para o pagamento do Profut (Programa de Modernização da Gestâo e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e acordos trabalhistas. Eles ficaram de pagarem com cheques, mas todos estavam sem fundos. Depois não cumpriram as datas previstas. Cansei de chamar tanto a diretoria que saiu, quanto a atual, para resolver, e eles não cumpriram. Infelizmente tive que procurar os caminhos legais", afirmou Marcílio.
Ainda segundo o ex-dirigente, foram vários empréstimos ao longo de meses. A começar de dezembro do ano passado, quando já fazia parte da diretoria de futebol do clube. E apesar de não revelar o valor total, Marcílio afirmou que não está cobrando juros pelos empréstimos não pagos. Por enquanto. "Foram vários empréstimos ao longo de meses. Por enquanto não estou cobrando multa, nem juros. Caso não se chegue a um acordo vou sentar com meu advogado", completou. "Infelizmente é assim. Quem faz o bem, paga um preço", completou.
A reportagem tentou entrar em contato com os ex-presidentes Ivan Brondi e Gustavo Ventura, mas não obteve sucesso. Já o ex-diretor financeiro Sérgio Lopes atendeu as ligações, reconheceu os empréstimos feitos por Marcílio, mas disse desconhecer a ação na Justiça. "Não estou sabendo de nada. Não chegou nada até a mim. De fato, ele emprestou dinheiro ao clube, mas não estou lembrado quanto. E até agosto, quando deixei a administração, o clube não havia pago", revelou.