Sport

SPORT

Érico Júnior faz balanço do ano no Sport, relembra vaias da torcida e diz que amadureceu

Atacante de 21 anos acredita que está pronto para despontar em 2015

postado em 15/12/2014 16:40 / atualizado em 16/12/2014 10:38

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

{'id_site': 18, 'imagem_destaque': 'ns18/app/foto_12711703576/2014/12/15/1017/20141215173150557195i.jpeg', 'id_content': 3010008L, 'url': 'https://www.pe.superesportes.com.br/app/fotos/futebol/sport/2014/12/15/galeria_sport,1017/o-ano-de-erico-junior-no-sport-em-fotos.shtml', 'titulo_destaque': 'O ano de Erico J\xfanior no Sport em fotos', 'id_pk': 1017L, 'id_conteudo': 3010008L, 'id_aplicativo': 7, 'meta_type': 'foto', 'titulo': 'O ano de Erico J\xfanior no Sport em fotos', 'id_treeapp': 56, 'descricao_destaque': 'Atacante recebeu muitas chances de Eduardo Baptista durante a temporada. Viveu bons e maus momentos em 2014. Aponta tudo como aprendizado. Espera que 2015 seja o ano da afirma\xe7\xe3o', 'schema': 'foto_12711703576'}Em 2014, Pelezinho virou Érico Júnior - deixou o apelido de garoto da base de lado. Ganhou maturidade no nome e em campo – seja pelas boas ou más vias. A temporada para o atleta de 21 anos foi dividida, na avaliação do atacante, entre um "bom primeiro semestre" e um segundo "conturbado". Um ano após despontar como o "terrorista da Ilha", denominação atribuída pelo então técnico Sérgio Guedes, Érico perdeu as características do atleta driblador, afoito, que o fizeram ganhar tal fama.

Com o técnico Eduardo Baptista, passou a ser um atleta mais tático. Cresceu por um lado, caiu por outro. Érico passou a ser um atleta mais completo, porém perdeu a essência do jogador que era aclamado como solução pela torcida. De principal promessa da base e do nome gritado como salvação nos segundos tempos, o atacante passou a ouvir vaias. Uma delas marcante, como a do jogo contra o Santos, na Arena Pernambuco (na ocasião, o atleta errou uma sequência de jogadas e não teve a paciência da torcida).

Em 2014, o atleta fez 29 partidas, conquistou dois títulos e marcou apenas um gol – importante, diga-se: contra o Náutico, pela Copa do Nordeste. Em entrevista ao Superesportes, o atacante quebrou o silêncio de meses. Fez um balanço da temporada: falou das vaias recebidas, dos bons momentos que teve como titular, da experiência que ganhou ao longo do ano e das projeções para 2015 – ano que, espera ele, ser o da firmação.

Abaixo a entrevista, por telefone, com Érico Júnior.

Que balanço você faz da temporada 2014?

O primeiro semestre foi melhor, joguei como titular e fomos campeões por duas vezes. O segundo ano foi bom também, mas do meio do ano para cá tiveram duas ou três partidas em que fui mal e houveram os problemas com a torcida. Mas tudo fica como aprendizado na carreira. Foi um ano proveitoso, mas com dois momentos distintos: o de ápice e o das dificuldades. Em ambos, eu pude aprender.

Você surgiu como driblador e hoje mudou as características, virou um jogador mais tático. Por quê?
Com Eduardo Baptista passei a jogar mais pelos lados do campo. Quando a gente jogava sem os três atacantes, eu podia avançar mais e também buscar a bola, mas agora tenho um posicionamento mais tático. Mas também aprendi bastante dessa maneira e pude ajudar o Sport assim. Tudo eu tiro como aprendizado.

Eduardo Baptista falou que pediu que você faça fortalecimento muscular. Você iniciou os trabalhos?
Ele conversou comigo antes das férias e pediu para que eu me cuidasse para voltar bem. E quando voltar, vou ter um acompanhamento especial de fortalecimento e melhorar ainda mais essa parte muscular.

Qual foi o seu melhor e o pior momento em 2014?

O melhor momento foram os títulos do começo do ano e o pior foi aquele jogo contra o Santos, quando eu fui vaiado. Há os dois lados da moeda. No começo do ano, a torcida pedia para eu jogar e me aplaudia sempre e agora no final recebi vaias. Serve como aprendizado.

O que passou pela sua cabeça quando você viu o estádio inteiro te vaiando naquela ocasião contra o Santos?
A gente fica, 'pô', nunca imaginei passar por um momento desses. Mas procurei ficar tranquilo. Dentro da partida eu não podia me abalar. Procurei ficar tranquilo. A gente nunca espera que isso aconteça com a gente. Já tinha visto acontecer com amigos, mas nunca a gente pensa que vai acontecer consigo mesmo. Mas tudo fica como aprendizado para dar a volta por cima.

O que você espera para 2015?

2015 é o ano da minha firmação profissional. Espero poder jogar bem e fazer gols para me afirmar como titular e assumir o posto no time. Pretendo ir bem. Estou com a cabeça tranquila, mais maduro. Eu surgi no profissional em 2013 e passei a jogar mesmo somente em 2014. Agora, em 2015, já venho mais maduro e tranquilo.

Você acha que continuará tendo o mesmo espaço com Eduardo Baptista?
Ele pretende me dar esse espaço, mas vai depender de mim.

E a torcida, acha que ela vai ser importante para que você vá bem?
Ela (a torcida) vai ser o reflexo da gente em campo. Tenho fé em Deus, vou trabalhar para jogar bem e fazer gols. Fazendo isso, ela vai me apoiar.