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Trauma pós-Libertadores se repete na Ilha do Retiro após eliminação na Sul-Americana

Eliminação contra o Vitória foi o marco da queda de rendimento do Sport em 2014

postado em 27/10/2014 09:12 / atualizado em 27/10/2014 09:29

Pedro Galindo /Especial para o Diario

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Antes da eliminação na Sul-Americana, o Sport era um time promissor. Tinha grandes ambições, justificadas em campo, com os resultados. Veio o fracasso logo na fase nacional, contra o Vitória. E os seus reflexos na Série A. Coincidência ou não, após a eliminação o time caiu de rendimento. Os 55,3% de aproveitamento se transformaram em 26,6%. Menos da metade. Um trauma que o Sport já viveu no passado.

Era maio de 2009. O Leão fazia uma temporada irretocável. No Pernambucano, não houve sequer necessidade de final - venceu os dois turnos e foi campeão invicto. Paralelamente, o sonho de disputar a Libertadores. Nas oitavas de final, contra o Palmeiras, o goleiro Marcos segurou a ambição leonina. A eliminação chacoalhou as estruturas do clube e resultou nas saídas de Paulo Baier, contratado para ser o maestro do time na competição, e do técnico Nelsinho Batista. Foi o início de um calvário que durou todo o segundo semestre e terminou com o rebaixamento à Série B.

O cenário atual é parecido. Muito porque as expectativas em torno da Sul-Americana eram altíssimas. Mirava-se o título, e ninguém no clube escondia. Desta vez, o sonho não chegou sequer às oitavas. Junto com ele, desapareceu também a combatividade que marcou o futebol do time no primeiro semestre.

Diferenças

Ao contrário do que se deu naquele ano, a crise não custou empregos. Ainda. O técnico Eduardo Baptista segue prestigiado pela diretoria e já afirmou que não vai “abandonar o barco”. As estrelas contratadas para a competição também seguem no elenco. Aliás, talvez a chegada tardia de Diego Souza e Ibson tenha contribuído para o insucesso na Sul-Americana, já que não renderam o esperado no momento decisivo.
A missão de Eduardo, agora, é conseguir resgatar o “sentimento operário” do time nas últimas rodadas sem sacrificar o talento de Diego Souza, que começa a aflorar no Sport. Isso para evitar um novo desfecho traumático para ele, Diego e o próprio Sport.

Tudo ia bem até...

A comparação do desempenho do Sport antes e depois das eliminações na Libertadores, em 2009, e da Sul-Americana, em 2014

Sport em 2009


Antes da eliminação na Libertadores


24 vitórias
5 empates
2 derrotas

82,8%
de aproveitamento

Depois da eliminação

7 vitórias
9 empates
21 derrotas

27%
de aproveitamento

Sport em 2014


Antes da eliminação na Sul-Americana

23 vitórias
9 empates
15 derrotas

55,3%
de aproveitamento

Depois da eliminação

3 vitórias
3 empates
9 derrotas

26,6%
de aproveitamento