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Jogo aéreo, bola parada, ritmo e efetividade: os desafios para Daniel na chegada ao Sport

Superesportes analisou pontos que enxerga ser necessário ser ajustado e evoluir no Leão e, assim, novo técnico deve dar atenção maior neste começo

postado em 18/02/2020 07:30 / atualizado em 18/02/2020 08:43

(Foto: Anderson Stevens/ Sport Recife)
Mudanças de comando de equipes significam transição. Seja na nova metodologia de trabalho a ser implementada, nas peças ou no esquema de jogo. Tudo, claro, demora. Futebol se faz com tempo e não com mágica. Daniel Paulista, novo técnico do Sport, vai, evidentemente, aos poucos, dar a sua cara ao time, com seu estilo de trabalho e forma de entender o jogo. Os meios escolhidos por ele só o dia-a-dia e os jogos vão mostrar.

Mas, sabe-se, certos e até fáceis de detectar são os ajustes - e que certamente levaram a trocar com o comando, com a saída do técnico Guto Ferreira na última. Desta forma, o Superesportes traçou uma análise sobre o que a reportagem considera pontos a ser melhorados no time: o jogo aéreo, a bola parada, o ritmo e a efetividade nas chances durante os jogos. Confira abaixo tópico por tópico.

Jogo aéreo
Os cruzamentos na área rubro-negra vêm sendo um grande calo desde 2019. Na Série B do ano passado, 37% dos gols sofridos foram a partir deste fundamento. Enquanto neste começo de temporada o número aumentou, para 45% - ou seja, cinco das 11 bolas na redes. E em jogos grandes, como nos dois clássicos diante do Náutico (gol contra de Chico e o primeiro de Ronaldo Alves); ante o Brusque, nos dois gols; além da lambança tripla no tento de empate contra o Imperatriz.

Bola parada
O quesito vem sendo uma dificuldade também desde o ano passado no Sport, que só teve bons momentos com o pouco utilizado reserva Pedro Carmona. A cobrança da torcida não é apenas em faltas diretas para o gol - pode-se considerar a batida de Raul Prata contra o Brusque como algo isolado, até porque o lateral direito não costuma se apresentar nesses lances -, mas também em lançamentos na área, sejam tiro livros laterais ou escanteios. 

Os cruzamentos leoninos geralmente são ora muito abertos e fazendo um grande ‘balão’ no segundo pau, ora na meia altura Em 2020, por exemplo, o clube não marcou gol de cabeça. Então técnico, aliás, Guto já havia destacado a necessidade encontrar um batedor.

Ritmo
O Sport tem tido queda de rendimentos nos jogos, em alguns casos até clarões, sem conseguir segurar o resultado construído. Com apenas duas vitórias na temporada, o Leão em outras quatro oportunidades abriu o placar mas não conseguiu mantê-lo. Contra o Náutico (Estadual), Retrô, Vitória e Imperatriz o Leão abriu saiu na frente mas não acabou vencedor.

Ante o Tricolor das Tabocas e o Retrô, os gols sofridos foram em cochilos pontuais quando a equipe rubro-negra tinha a bola, por exemplo, com vacilos de Willian Farias e Mugni, respectivamente. Já frente ao Cavalo de Aço o Sport vencia por 2 a 0 até os 38 do segundo tempo, quando cedeu dois gols em dois minutos, terminando empatado.

Efetividade
Mesmo sem atuar com um meia central, de ligação, típico camisa 10, já que Guto vinha armando o time no 4-1-4-1, o Leão conseguia criar chances, boas jogadas trabalhadas, de infiltração, mas tem apresentado enorme dificuldades para concluir em gol. Contra o Náutico, no último domingo, em uma das atuações mais frágeis do ano, Elton desperdiçou três chances livre na pequena área (uma de cabeça e duas em chute de direita).

Ante o Brusque, Marquinhos e Hernane recebem livre de frente para o goleiro com o jogo empatado, mas desperdiçam. Contra o Vitória-BA, outro jogo grande do ano, o Sport teve grande volume, especialmente no primeiro tempo, mas pecou na conclusão com Yan e Lucas Mugni. Todos jogos em que o triunfo não veio.