Fabiano Eller reconhece erros do sistema defensivo do Náutico na derrota para o Santa

Dois gols de bola alçada na área. E um gol de contra-ataque. Três gols que evidenciaram erros coletivos inequívocos da equipe do Náutico na partida de ida da semifinal do Campeonato Pernambucano. Três gols que custaram a derrota para o Santa Cruz que só não sacramentou a eliminação do time do Estadual graças um tento tardio e fortuito de Joazi. Tendo participado diretamente dos dois lances de bola aérea, o zagueiro Fabiano Eller reconhece os erros. Assume sua parcela de responsabilidade e diz que agora é preciso trabalhar para reverter a desvantagem na eliminatória.

“Quando toma muito gol, geralmente é porque não foi bem. Três gols é muito em uma partida”, começou por avaliar o experiente zagueiro. “Assumo a responsabilidade quando erro”, prosseguiu Eller, que até considera não ter ido tão mal como muitos torcedores apontam. “Eu achei que até joguei bem. Mas com três gols apaga tudo o que a pessoa faça na partida”, desabafou, ao mesmo tempo em que reconhece o motivo para tal avaliação. “Quando erra em jogos importantes como esse, pesa muito”, disse.

Eller afirma que é preciso “analisar de uma maneira geral”, pois em seu entendimento, “um gol, muitas vezes, sai por vários lances, uma sequência”. Por isso, ao analisar cada lance que originou os gols do Santa Cruz, o zagueiro procurou traçar o que considera erros coletivos e individuais. Como no primeiro gol. “Não podia ter deixado cruzar na área. Tem que matar a jogada. E Gastón se posicionou errado e tomamos o gol”, opinou, ao falar do lance em que Arthur cabeceou nas suas costas e Gastón não fez a cobertura corretamente.

Já no segundo gol, o zagueiro admite sua maior falha individual. Afinal, Arthur testou bem ao lado dele. “No segundo, bola parada. A gente treinou bastante essa semana. Eu acho que eu não me posicionei bem. Eu não vi o adversário vindo. De repente eu ou todo o sistema defensivo podia ter se posicionado de maneira diferente”, reconheceu. “Quando toma dois gols de cabeça, é porque erramos”, disse, ainda.

O terceiro e último gol saiu de um contra-ataque. O Náutico tinha o escanteio, mas a cobrança não foi bem feita e Esquerdinha escorregou no rebote, permitindo a transição rápida do Santa Cruz. “Era para ter matado a jogada também”, lamentou Eller, que fez questão de frisar que, apesar dos três gols sofridos e dos 3 a 1 para o Tricolor, entende que o Timbu não jogou tão mal.

Para o zagueiro, o momento agora não é de lamentar. Os jogadores precisam rever onde erraram no Arruda, corrigir os defeitos e levantar a cabeça. Para Fabiano Eller, o Náutico ainda tem mais 90 minutos pela frente e acredita que o alvirrubro é capaz de reverter a desvantagem.