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Com folha atrasada, Náutico vê chance de estender redução salarial, mas ainda não negocia

Vice-presidente do clube, Diógenes Braga, afirmou não haver negociação em curso para estender readequação, mas possibilidade não foi descartada

postado em 03/06/2020 11:33

(Foto: Anderson Freire/Esp. DP)
Vivendo um período marcado por equilíbrio e austeridade financeira, o Náutico não tinha histórico recente de atraso salarial, algo que foi alterado com a paralisação do futebol. Em 20 de maio, venceu o prazo para o pagamento dos direitos de imagem do elenco alvirrubro, que só foi quitado em 50%, devido à retenção de valores em bloqueios judiciais.
 
Com a situação financeira complicada, o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, alertou que o clube mantém contato direto com os jogadores sobre o momento do time e reconheceu a possibilidade de estender a redução salarial dos jogadores, ainda que não haja nenhuma negociação em curso para ampliar o acordo traçado, originalmente, para os meses de abril e maio. 

"A gente ainda está projetando os meios para ver como vai ser. O que a gente tem é um contato frequente com os atletas para passarmos a eles o cenário, mas não existe uma negociação em curso agora. A possibilidade existe sim, mas a gente não está fazendo uma negociação em relação a isso. Os atletas sabem que a gente tem se posicionado, tocando o clube e, se houver a necessidade de fazer novamente, a gente já fez uma vez, é simplesmente chegar e conversar isso com os atletas”, afirmou Diógenes.

O vice-presidente alvirrubro também confirmou que o pagamento dos direitos de imagem seguem sem efetivação. Em entrevista concedida em 21 de maio, o presidente do Náutico, Edno Melo, tinha revelado a perspectiva de quitar a folha ainda no mês de maio, algo que não foi possível, como relatou Diógenes.

“Todos os funcionários estão em dia e a carteira dos atletas está em dia, mas estamos devendo 50% dos direitos de imagem. Vamos regularizar o mais rápido possível. Assim que a gente conseguir a entrada de recursos no clube, não tem como fazer previsão, é difícil porque a gente está lidando com bloqueio judicial. Assim que a gente conseguir desbloquear, a gente faz os pagamentos, mas depende da questão dos bloqueios, que é uma coisa que a gente pode conseguir hoje ou só lá na frente. Não tem como prever”.

Com uma situação financeira bastante afetada pela paralisação das atividades, Diógenes Braga reforçou que os passos que vêm sendo dados para uma retomada do futebol podem ser importantes para o caixa alvirrubro.

“Eu acho que pode ajudar. A gente teve suspensão de contrato de patrocínio, que a gente pode negociar para os patrocínios voltarem. Tem a questão da arrecadação do programa de sócios. Ajuda, tudo ajuda. Qualquer coisa que acontecer nesse momento ajuda. O cenário é de muita dificuldade, e o que puder ser feito para ajudar, contribui”.