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Buscando evitar leilão, Náutico deve contactar advogados de Givanildo nos próximos dias

De acordo com o vice-presidente jurídico do clube, Bruno Becker, Timbu entrará com recurso para evitar arremate de prédio no valor de R$ 3 milhões

postado em 03/06/2020 16:13 / atualizado em 03/06/2020 16:39

(Foto: Igor Bione/Esp. DP Foto)
Enquanto vislumbra a possibilidade de retornar às atividades no próximo dia 15, o Náutico tem se preocupado com diversas questões além do trabalho de campo. Uma das questões mais urgentes que vem sendo discutida dentro do clube é evitar o leilão do prédio da garagem do remo, localizado na Rua da Aurora, que foi alvo de decisão judicial no mês de maio. Assim, além de traçar a estratégia para recorrer da intimação, o departamento jurídico alvirrubro deve entrar em contato com os representantes do técnico Givanildo Oliveira - autor da ação - para buscar um acordo. 

"Como o leilão é no final de julho, temos um prazo alongado. Vamos entrar com o recurso para tirar o bem do leilão, mas vamos fazer isso de maneira estratégica. Em paralelo a isso estamos tentando um acordo. Nos proximos dias vou me reunir com o advogado de Givanildo para tentar encontrar termos que fiquem bons para os dois lados. Caso consigamos selar o acordo não haverá leilão e a causa deve ser encerrada", explicou o vice-presidente jurídico do Timbu, Bruno Becker. 

Quanto a decisão lavrada pela 5ª Vara do Trabalho, ela corresponde a cobrança da quitação de salários atrasados, 13º salário e férias proporcionais, multas por não pagamento de verbas e indenização pelo não recolhimento do FGTS referentes a sua última passagem pelo clube, em 2016. Ao todo, o treinador cobra R$ 517 mil em ação que foi impetrada no início de 2018.
 
Dessa forma, o clube foi intimado a leiloar o prédio da garagem do departamento de remo, que está avaliado em mais de R$ 3 milhões. De acordo com o documento, o bem seria colocado para arremate em duas praças, sendo a primeira no dia 20 de julho de 2020, às 9h. Algo que foi considerado injusto pelos alvirrubros, pois o valor de mercado do imóvel é muito superior do que o do débito. 

"Nós queremos pagar o que estamos devendo a ele, porém não nos temos como fazer nos termos atuais e tampouco achamos justo que se leiloe um bem no valor de mais de R$ 3 milhões para pagar uma dívida de R$ 500 mil", apontou Becker. 

A intimação ainda prevê que caso não ocorram lances na primeira praça para a compra do prédio, um segundo leilão já estaria marcado para o dia 11 de agosto. Além disso, foram também colocados valores mínimos para que o patrimônio seja arrematado. Na primeira praça seria equivalente a 60% do valor do bem, enquanto que na segunda praça o lance inicial seria de 40%.