A saga do 1º turno: Clubes do interior ainda têm problema para ter quadro ativo de sócios

Uma alternativa que poderia ajudar os clubes a fugir das dificuldades financeiras era a ajuda dos sócios. Contudo, a realidade dos clubes que disputam o primeiro turno do Pernambucano contrasta com a dos clubes do Sul e Sudeste, que alguns chegam a ter mais de 50 mil associados em dia. Sem benefícios além de desconto na entrada das partidas, são poucos os torcedores que contribuem mensalmente com os clubes.

O Central, uma das agremiações mais tradicionais do interior , hoje tem apenas 15 sócios da categoria contribuinte, ou seja, a que paga mensalidade (o valor é de R$100). "Nosso principal entrave é a ausência de um clube social. A única vantagem para os sócios é o desconto nos jogos. Quem se associa, é exclusivamente no intuito de ajudar o clube", atesta o presidente da Patativa, Lícius Cavalcanti.

 

Por outro lado, times como América e Atlético Pernambucano já realizam estudos e tentam emplacar uma campanha de sócios que traga, efetivamente, mais renda para manter a sua estrutura. Até agora, porém, nada concreto. "Tenho percebido um aumento na torcida do América, e estamos começando a pensar formas de fidelizá-lo", explica o diretor de futebol do Mequinha, João Antônio Moreira.

O dono, presidente e diretor de futebol do Atlético-PE, Alberto Lisboa, revela seu projeto, ainda em fase incipiente, para associar os torcedores do clube. "Chamamos de torcedor apoiador e é um valor pequeno (R$19 por mês). Ele terá acesso aos jogos do Atlético em casa. Também teremos o apoiador VIP (R$49). Além de ter o acesso ao campo, ele terá acesso ao nosso CT aos domingos e utilizar nossa piscina e cantina. O programa foi lançado na última semana. Estamos divulgando localmente e através das nossas redes sociais. Até o fim do mês devemos ter um balanço disso", planeja.