CAMPEONATO PERNAMBUCANO
A saga do 1º turno: Ambição por patrocinadores passa diretamente pela classificação à segunda fase
Sem transmissão da TV e com públicos baixos, primeiro turno tem tido pouca adesão de empresas e comprometido planejamento financeiro dos clubes
postado em 24/01/2016 08:45 / atualizado em 23/01/2016 18:37
Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco , Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco
Quem também sente a falta de atrativos na pele é o Porto, que sofre para encontrar empresas parceiras. "Perdemos dois patrocinadores e não conseguimos ninguém para substituir. Até agora, não existe perspectiva nem caso passemos para a segunda fase. O financeiro está horrível", lamenta o presidente, José Porfírio, que trava uma batalha para sanar a folha de R$ 60 mil do elenco. "A gente está controlando os gastos ao máximo, mas é inevitável que vamos ter uma baixa grande de atletas ao final do Pernambucano", completa.
Nesse cenário, a perspectiva de obter um parceiro é um dos grandes combustíveis para a ambição dos clubes no primeiro turno. Afinal, a segunda fase tem transmissão da televisão, mais público nos estádios e cartaz na mídia. "Há essa possibilidade. No segundo turno devem aparecer mais parceiros, já que a divulgação nesta primeira fase é mínima", completa João Antônio Moreira, diretor de futebol do América.
O desespero por suporte financeiro é comum aos clubes. Todos, em maior ou menor grau, passam por dificuldades financeiras, problema crônico nos clubes menores do estado. Um dos poucos que tem um patrocinador forte é o Belo Jardim, que, apoiado em uma fábrica de baterias de renome internacional, sobrevive com uma certa tranquilidade. "A gente tem um patrocinador muito forte e temos apoio político, mas que não é da prefeitura. Até agora tem aperto, mas estamos em dia com os jogadores. Algo difícil de se conseguir na competição. Ao menos estamos empatando com o Todos com a Nota", comentou Jonas Torres.