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A diferença fica na altura: auxiliar tem longa amizade e confiança no treinador do Náutico

De 1,63 metro contra 1,94 do técnico, Lucianinho vive na mesma cidade do comandante timbu e já atuou no mesmo time do colega quando jogadores

postado em 17/01/2016 15:17 / atualizado em 17/01/2016 16:16

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Brenno Costa/DP
À primeira vista, a diferença de altura entre o técnico Gilmar Dal Pozzo e o auxiliar Luciano Borges chama muita atenção. O treinador do Náutico e ex-goleiro tem 1,94 metro. Já Lucianinho, como é conhecido, faz jus ao apelido e mede 1,63. Uma diferença aparente, mas que parece ser apenas ela o grande ponto divergente. A dupla se dá muito bem. Nada melhor do que o tempo para comprovar isso. Desde 2008, eles viajam pelo país comandando times de futebol. Já são oito. Uma parceria longa e que não tem sequer previsão para ser desfeita.

Lucianinho, de 42 anos, usa a palavra confiança como ponto chave para o sucesso da dupla. Semente que foi plantada ainda na época que os dois atuavam como jogadores. Nos 16 anos de carreira, o ex-atacante, marcado pela velocidade, encontrou Dal Pozzo no Veranópolis e Caxias. Viraram amigos. Em 2000, uma grave lesão no joelho fez com que o hoje auxiliar pensasse ainda mais no futuro. Ele queria seguir no futebol, mas em outra função.

No ano de 2006, virou treinador de juniores do próprio Veranópolis - clube da cidade homônima no Rio Grande do Sul, onde os dois, por sinal, têm residência fixa. Já no ano seguinte, começou a fazer cursos e se reencontrou com o amigo ainda como goleiro na agremiação. Em 2008, foi a vez de Dal Pozzo mudar de profissão e decidir virar técnico; O começo foi no profissionais do Veranópolis. Veio o convite para Lucianinho e a confirmação da parceria que se tornaria longa.

"Até no trabalho que nós fizemos na Chapecoense, o pessoal brincava muito de eu ser a sombra dele. Mas a amizade que eu tenho com Gilmar é muito boa, muito bonita. Tem muito respeito e muito profissionalismo. Existe muita confiança”, avalia Lucianinho. “A decisão final é sempre dele, mas a minha parte técnica e tática ele está sempre me ouvindo. Eu vejo que essa dupla pode continuar por mais anos”, acrescenta o auxiliar, que ainda diz ter desejo de um dia virar técnico. Por enquanto, não é a hora.

Sequência como filosofia
No Náutico, os dois seguiram no clube na virada do ano. Dessa vez, para montar a equipe desde o início. Mantiveram a base do elenco e sonham em quebrar o jejum de títulos do clube desde 2004. “Nós temos uma ideia de fazer futebol com continuidade. O futebol tem que ter isso. Nós estamos com 80% do elenco do ano e agora chegando novos jogadores. Eu vejo algo de positivo para o Náutico no futuro”, diz.

Brenno Costa/DP