Santa Cruz

SANTA CRUZ

Com amizade de 25 anos com Martelotte, auxiliar do Santa Cruz é braço direito do técnico

Em 1989, Antônio Carlos Ribeiro Júnior foi campeão no Bragantino com treinador coral. Desde então, os dois traçavam planos de formar parceria no comando de times

postado em 17/01/2016 14:28 / atualizado em 17/01/2016 15:27

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Antônio Melcop/Santa Cruz
Antônio Carlos Ribeiro Júnior tem uma vida ligada ao futebol em que a sorte e a competência lhe trouxeram momentos de glória. No meio desse caminho, ainda em 1990, ele cruzou com o então goleiro Marcelo Martelotte no Bragantino. Foi o começo de uma parceira longa. Desde então, pensavam em continuar trabalhando lado a lado após a aposentadoria nos gramados. Desejo que virou realidade e segue no Santa Cruz. Para os tricolores, já rendeu uma vaga na Série A do Brasileiro.

Por sinal, o primeiro encontro entre os dois, em Bragança Paulista, deu-se de maneira curiosa. Zagueiro, Júnior foi lapidado no Guarani desde os 14 anos. Em 1989, acabou sendo envolvido em uma famosa troca. O time alvinegro cedeu o zagueiro Vitor Hugo, que jamais vingou no Brinco de Ouro da Princesa. Por outro lado, o Bugre se desfez do atual auxiliar coral e outras cinco peças. Entre elas, Gil Baiano e Mauro Silva. No fim, essa safra se destacou na conquista da Série B de 1989 e do Paulistão do ano seguinte sob o comando de Vanderlei Luxemburgo no Bragantino.

“Jogamos juntos por quase sete anos. Fizemos essa parceira e transferimos isso para a vida pessoal. A gente sempre falou que, quando parasse, a gente iria trabalhar junto”, lembra Júnior, hoje com 47 anos. O trato não desfeito. Ainda que, no meio do caminho, o ex-zagueiro com fama de líder tenha procurado outros trabalhos. “Fui ter buffet. Fui trabalhar com outras coisas. Ele continuou no futebol. Foi trabalhar com auxiliar de Pintado e depois foi para o Santos. Depois do Santos, deu certo de a gente trabalhar”, diz.

O começo depois da vida de jogador
A parceria no comando técnico começou no Ituano em 2012. Só foi interrompida em 2013 porque o próprio Santa não quis trazê-lo. Contudo, a dupla voltou logo depois e deve perdurar por mais anos.Tanto que o paulista de Campinas ainda não acha que é hora de deixar a função para virar treinador. De um tom de voz tranquilo, acredita que está em sintonia com Martelotte. “Como a gente se conhece há 25 anos, a gente tem essa confiança de ouvir a palavra do outro e não ter dúvidas”, afirma.

No dia a dia, Júnior, além de participar dos treinamentos e ser consultado durante os jogos, também atua como um filtro e se aproxima mais dos atletas. Tenta deixar o caminho limpo para que Martelotte possa desenvolver seu trabalho. “A minha função é tentar tranquilizar para ele poder fazer o trabalho bem feito. Então, a gente vai para clube e não adianta ficar reclamando com o treinador. Tem que, de alguma maneira, tentar ajudá-lo a fazer o trabalho como a gente fez no ano passado e terminou com o acesso para a Série A.”

Antônio Melcop/Santa Cruz