NÁUTICO
Acusado de atirar em Lucas Lyra vai a júri popular
Julgamento deve ocorrer ainda no primeiro semestre, mas não tem data definida
postado em 17/02/2016 19:41 / atualizado em 17/02/2016 20:42

Livre do flagrante, José Carlos Feitosa Barreto ficou preso apenas 10 dias em 2013, antes de ser liberado para aguardar o julgamento em liberdade. Inicialmente, os advogados de defesa recorreram da primeira decisão de juri popular, em abril de 2015. Liminar que foi derrubada nesta quarta. Com o andamento do processo nº 0010814-69.2013.8.17.0001, o segurança, enfim, irá responder pelo crime de tentativa de homícidio.
"Essa foi uma decisão importantíssima para que ele responda por esse crime. A impunidade é um incentivo para a violência", comemorou Mirela Lyra, irmã de Lucas.
Outra batalha
Além da luta por justiça na esfera criminal, a família do alvirrubro também trava outra batalha na esfera civel. No último dia 25, o juiz José André Machado Barbosa Pinto, concedeu uma antecipação de tutela ao jovem, na qual obriga a Pedrosa e o Grande Recife Consórcio de Transporte a custear toda a sua recuperação, com direito a medicamentos, profissionais e a instalação de uma homecare. Ambas recorreram da decisão, mas tiveram seus pedidos negados. Caso não cumpram com o que foi determinado, cada empresa pagará multa diária de R$ 3 mil.
No momento, os famíliares de Lucas procuram uma casa adequada para receber o jovem, que segue internado no Hospital Português. No despacho, o aluguel desse novo imóvel também será custeado pelas duas empresas.
Atualmente, Lucas Lyra já consegue se alimentar normalmente e vem melhorando a fala. Além disso, consegue mexer braços e pernas, apesar de ainda não conseguir caminhar. Porém, devido ao tiro recebido e aos medicamentos, sofreu um curvamento nas retinas e perdeu a visão periférica. Segundo a irmã, no entanto, com as terapias, não há risco de perda da visão total.